O número de mortos por covid-19 na Guiné-Bissau subiu para 17 e o de infeções registadas desde março para 1.541, anunciou hoje o coordenador do Centro de Operações de Emergência de Saúde (COES).
De acordo com Dionísio Cumba, entre segunda e quinta-feira foram analisadas 175 novas amostras, das quais 49 deram positivo.
"Temos, neste momento, 1.541 casos de covid-19 acumulados desde o início da pandemia", afirmou Dionísio Cumba, na segunda conferência de imprensa da semana para fazer a atualizados da evolução da pandemia provocada pelo novo coronavírus no país.
"O número de óbitos subiu, depois de confirmadas esta semana duas mortes", afirmou, totalizando agora 17.
O médico guineense disse também que o número de recuperados se mantém nos 153, mas que segunda-feira deverá haver dados atualizados.
O coordenador do COES disse que há 44 pessoas internadas em três hospitais do país, nomeadamente 31 no hospital de Cumura, seis no Hospital Nacional Simão Mendes e sete no hospital de Bor.
As sete pessoas internadas no hospital de Bor estão a oxigénio, referiu.
Por regiões, Dionísio Cumba disse que o Setor Autónomo de Bissau é o que regista o maior número de infeções por covid-19 com 1.451 casos, seguido da região de Biombo, com 53, Cacheu, com 26, Bafatá, sete, Gabu, dois, e Oio, dois.
No âmbito do combate à pandemia provocada pelo novo coronavírus, o Presidente guineense, Umaro Sissoco Embaló, declarou o estado de emergência no país, que já prolongou por cinco vezes, a última das quais até ao próximo dia 25.
Em África, há 7.395 mortos confirmados em mais de 275 mil infetados em 54 países, segundo as estatísticas mais recentes sobre a pandemia naquele continente.
Entre os países africanos que têm o português como língua oficial, a Guiné Equatorial lidera em número de infeções e de mortos (1.664 casos e 32 mortos), seguida da Guiné-Bissau (1.541 casos e 17 mortos), Cabo Verde (849 casos e sete mortos), São Tomé e Príncipe (683 casos e 12 mortos), Moçambique (662 casos e quatro mortos) e Angola (166 infetados e oito mortos).
O Brasil é o país lusófono mais afetado pela pandemia e um dos mais atingidos no mundo, ao contabilizar o segundo número de infetados e de mortos (mais de 978 mil e 47.748, respetivamente), depois dos Estados Unidos.
A pandemia de covid-19 já provocou mais de 450 mil mortos e infetou mais de 8,4 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.