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Covid-19: Mais de 90% dos cabo-verdianos confiam na informação dos profissionais de saúde

Mais de 90% dos cabo-verdianos dizem confiar nos profissionais de saúde para receberem informação sobre a covid-19, mas também nos meios de comunicação social, segundo um estudo do Instituto Nacional de Saúde Pública (INSP) apresentado hoje.

Covid-19: Mais de 90% dos cabo-verdianos confiam na informação dos profissionais de saúde
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“Estes resultados aumentam a responsabilidade tanto dos profissionais de saúde como dos profissionais desses meios de comunicação [televisão, rádio e jornais], no sentido de se prepararem e apropriarem-se da verdade científica atualizada sobre o que pretendem transmitir para corresponderem e não defraudarem a confiança neles depositados pela população residente no país”, lê-se nas conclusões do estudo.

Realizado de 05 a 12 de abril, durante o primeiro período de estado de emergência decretado para todo o território, para conter a pandemia de covid-19, este estudo teve uma amostra de 1.996 sujeitos inquiridos.

A maioria (90,26%) assumiu que preferia receber informação sobre a covid-19 em português, com o estudo a apontar ainda que os profissionais de saúde apresentaram-se como “as pessoas mais indicadas para transmitir informação” sobre a doença, “visto ser neles que a população mais confia (90,98%)”.

A televisão (82,56%), a rádio (20,35%) e os jornais (16,73%) “continuam a ser os meios mais preferidos ou confiáveis pela população” para receber informação sobre a doença provocada pelo novo coronavírus.

“De realçar que apesar das redes sociais aparecerem em segundo lugar entre os meios mais procurados, no entanto nem sequer aparecem entre os meios de confiança”, destaca ainda o estudo do INSP, realizado no âmbito do Plano de Comunicação de Risco e Envolvimento Comunitário.

O estudo concluiu que os conhecimentos da população sobre a pandemia “apresentam uma correlação positiva, mas muito fraca com as práticas de prevenção e controlo” da covid-19, pelo que é “imperativo continuar a insistir e estimular a modificação comportamental da população”.

“Isto é, a população deve traduzir a informação em aprendizagem”, aponta ainda o estudo.

A maioria dos inquiridos demonstrou comportamentos “assertivos” em relação à covid-19, com 98,70% dos participantes a declararem ter permanecido em casa naquele período (do estado de emergência) e 96,49% a assumirem que “não frequentaram festas, funerais, ou locais lotados”, enquanto que 93,19% confirmaram “mudanças de rotinas diárias”, devido à doença.

“Os relatos demonstraram mudanças na rotina diária do trabalho (teletrabalho), cuidados de higiene (lavar as mãos, evitar contacto com boca, nariz e higienização da casa e objetos pessoais), relações sociais e familiares (não receber visitas, estar mais com a família), procura de informação (buscar informação sobre covid-19 e outros conhecimentos), e a certa dose de stress e ansiedade devido ao isolamento e à pandemia de covid-19”, lê-se ainda.

O estudo observa igualmente que o “comportamento menos assertivo” esteve relacionado com o uso de máscaras, com apenas 13,63% a assumir que as utilizaram ao sair de casa.

No entanto, este comportamento está relacionado com a informação veiculada na altura tanto pela Organização Mundial da Saúde (OMS), como pelas autoridades sanitárias do país, que só em maio tornaram o seu uso obrigatório em serviços públicos e empresas privadas.

A maioria dos participantes (76,15%) demonstrou ainda “confiança que o novo coronavírus será finalmente controlado” e 87,48% “admitiram que Cabo Verde pode vencer a luta” contra a covid-19.

“Considerando que o país nunca experienciou uma situação semelhante, os resultados positivos do presente estudo podem, eventualmente, estar associados à adoção de medidas assertivas e atempadas por parte das autoridades do país”, concluiu ainda o estudo, que visa apoiar na definição de políticas de saúde pública e para campanhas de prevenção à pandemia.

Cabo Verde regista um acumulado de 849 casos de covid-19 desde 19 de março, que provocaram sete mortos, mas 377 já foram considerados recuperados.

A pandemia de covid-19 já provocou mais de 454 mil mortos e infetou mais de 8,5 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

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