Mais de 70 futebolistas profissionais que atuam no principal campeonato norte-americano (MLS) anunciaram hoje, em plena vaga anti-racista que corre o país, a criação de uma associação contra o racismo.
"Haverá mudança", prometeram vários deles em publicações a reforçar um comunicado que fizeram chegar à imprensa a anunciar a criação do grupo, a que chamaram 'Black Players Coalition of MLS' (Aliança dos Jogadores Negros da MLS).
Na comunicação referem: "É uma nova organização que lutará contra as desigualdades raciais no nosso campeonato, que apoiará todos aqueles que combatem o racismo no mundo do futebol e que fará o bem às comunidades negras dos Estados Unidos e do Canadá", pode ler-se no comunicado.
A associação, liderada por Justin Morrow, central norte-americano do Toronto FC, pretende sensibilizar os jogadores de futebol a combater os preconceitos raciais e a promover cursos de educação cívica e a diversidade no recrutamento dos futebolistas por parte dos clubes.
"Esperamos que a nossa organização seja uma extensão do sacrifício de nossos antepassados, para que a próxima geração viva numa sociedade mais justa", lê-se, ainda, no comunicado, que foi publicado na data simbólica de 19 de junho, que comemora o fim da escravidão nos Estados Unidos.
A MLS expressou o apoio à criação desta associação numa altura em que os Estados Unidos são abalados pela onda do 'Black Lives Matter' contra o racismo e a violência policial, na sequência da morte do afro-americano George Floyd, que permaneceu dominado no chão quase nove minutos com o joelho de um agente policial de Minneapolis, que o pretendia deter, sobre o pescoço.