Cinco utentes do Serviço de Urgência do Hospital de Torres Vedras testaram positivo para covid-19 e a unidade está a efetuar testes a doentes e profissionais que passaram por aquele serviço na última semana.
“Estão já confirmados cinco casos de infeção por covid-19”, informou o Centro Hospitalar do Oeste, onde se integra o Hospital de Torres Vedras, adiantando que “estão a ser realizados os testes a todos os contactos internos e externos, aguardando-se o resultado dos mesmos”.
Elsa Baião, presidente do conselho de administração do CHO, disse à agência Lusa que o foco está relacionado com um doente assintomático que foi assistido no Serviço de Urgência Geral, onde esteve internado “com patologias não respiratórias”, tendo sido testado antes de ter alta, e “validado como negativo”.
De acordo com a mesma responsável, “a situação clínica do doente agravou-se e este regressou à urgência, 24 horas depois, desta vez com queixas respiratórias”.
Foi realizado novo ao doente, que desta vez testou positivo, tendo sido internado na ‘área covid’ daquela unidade hospitalar.
Num comunicado emitido hoje o CHO considera que “foram cumpridas, nesta situação os procedimentos previstos em época covid”. Uma vez que, “sendo o utente assintomático”, não foi assistido na área criada para o atendimento de doentes com suspeita de infeção, no Hospital de Torres Vedras, tendo “a primeira admissão [sido] na urgência”.
Até ao final do dia de hoje deverão ser conhecidos mais resultados dos testes efetuados a doentes e profissionais daquele serviço.
De acordo com o último boletim de situação epidemiológica publicado pela Comunidade Intermunicipal do Oeste (OesteCim), o concelho de Torres Vedras registava, até às 23:00 de terça-feira, 78 casos positivos, dos quais 14 ativos e 62 recuperados, e dois óbitos.
A pandemia de covid-19 já provocou mais de 477 mil mortos e infetou mais de 9,2 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
Em Portugal, morreram 1.543 pessoas das 40.104 confirmadas como infetadas, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.