A cerimónia da 2.ª edição dos Play – Prémios da Música Portuguesa, inicialmente prevista para março no Coliseu de Lisboa, e adiada devido à pandemia da covid-19, irá acontecer em 29 de julho, anunciou hoje a organização.
“No dia 29 de julho de 2020, a comunidade da música portuguesa será premiada e homenageada na RTP1, com transmissão em direto a partir das 21:00, mas também em 'live stream', com Filomena Cautela e Inês Lopes Gonçalves a conduzirem a emissão a partir do Coliseu dos Recreios”, refere a organização dos Play, num comunicado hoje divulgado.
A cerimónia de entrega dos prémios esteve marcada para 25 de março, mas teve de ser adiada devido à pandemia da covid-19. Agora, “num clima de retoma que se impõe, a Passmusica, promotora do evento, e a RTP, televisão oficial, decidiram avançar com uma nova data para a 2.ª edição, cumprindo o desígnio de premiar os músicos portugueses, que vivem, conjuntamente com as suas equipas, o momento mais difícil da sua existência”.
A organização garante que “criou um modelo que respeitará todas as regras emanadas pela Direção-Geral da Saúde” para a realização de espetáculos, “com um forte investimento criativo na noite mais aguardada da música portuguesa”.
Quando foi anunciado o adiamento da cerimónia de entrega dos Play, faltava revelar os nomeados nas categorias Melhor Álbum Jazz e Melhor Álbum Música Clássica/Erudita.
Os nomes dos álbuns e artistas foram anunciados hoje: ao prémio Melhor Álbum Jazz concorrem “Dentro da Janela”, de João Mortágua, “Histórias do Jazz em Portugal”, de André Sousa Machado, “Liturgy of Birds”, de Daniel Bernardes & Drumming GP, e “Ocre”, de Filipe Raposo; pelo Play de Melhor Álbum de Música Clássica/Erudita competem “Achipelago”, de Drummig GP/Luís Tinoco, “Manuel Cardoso: Requiem, Lamentations, Manificat & Motets”, de Cupertinos & Luís Toscano, “Chamber Music I”, de Hugo Vasco Reis, e “Joly Braga Santos – Complete Chamer Music Vol I”, por Quarteto Lopes-Graça, Leonor Braga Santos e Irene Lima.
Os Capitão Fausto e Slow J lideram as nomeações à 2.ª edição dos Play, reunindo três nomeações cada. A banda liderada por Tomás Wallenstein está nomeada nas categorias Melhor Grupo, Melhor Álbum, com “A Invenção do Dia Claro”, e Canção do Ano, com “Amor, a nossa vida”.
Já Slow J concorre nas categorias de Melhor Artista Masculino, Melhor Álbum, com “You Are Forgiven”, e Canção do Ano, com “Também Sonhar”.
Para Melhor Grupo, além dos Capitão Fausto, estão também nomeados Expensive Soul, Mão Morta e The Gift. Na categoria de Melhor Artista Masculino competem ainda, além de Slow J, Diogo Piçarra, Fernando Daniel e Salvador Sobral.
Melhor Artista Masculino é uma das quatro novas categorias criadas este ano. A esta juntam-se Melhor Artista Feminino, Melhor Álbum Jazz e Melhor Álbum Clássica/Erudita. Além disso, foram suprimidas duas categorias: Melhor Artista Internacional e Melhor Canção Internacional.
Para Melhor Álbum, além dos trabalhos de Slow J e dos Capitão Fausto, estão também nomeados “Aqui está-se sossegado”, de Camané e Mário Laginha, que compete ainda na categoria Melhor Álbum Fado, e “#FFFFFF”, de ProfJam.
Na categoria de Canção do Ano competem ainda, além dos temas dos Capitão Fausto e de Slow J, “Bairro”, dos Wet Bed Gang, e “Bússola”, de Nenny.
Nenny está também nomeada ao prémio Artista Revelação, juntamente com Bárbara Tinoco, Murta e Tiago Nacarato. Para Melhor Artista Feminino estão nomeadas Aldina Duarte, Ana Bacalhau, Blaya e Lena D’Água. Aldina Duarte também compete na categoria Melhor Álbum Fado, com "Roubados". Nesta categoria, além de Aldina Duarte e Camané com Mário Laginha, está igualmente nomeado Pedro Moutinho, com "Um Fado ao Contrário".
Ao Prémio Lusofonia concorrem apenas artistas brasileiros: Giulia Be (com "Menina Solta"), Tainá ("Sonhos"), Silva & Ludmilla ("Um Pôr do Sol na Praia") e Anitta & Kevinho ("Terremoto").
Os vencedores da maior parte das categorias serão escolhidos por júris compostos por figuras do meio da música portuguesa.
O Play de Melhor Canção é atribuído pelo público e os prémios de carreira e da crítica não terão nomeados, sendo escolhidos por elementos da Audiogest, cooperativa GDA - Gestão de Direitos dos Artistas e Associação PassMúsica, e por críticos de música, respetivamente.
No comunicado hoje divulgado, recorda-se que “a Audiogest - Entidade de Gestão de Direitos dos Produtores Fonográficos - e a GDA – Gestão dos Direitos dos Artistas – que, em conjunto, criaram a marca Passmusica -, lançaram um Fundo de Emergência para apoio dos profissionais dos espetáculos e das atividades culturais que tenham sido afetados pela pandemia da covid-19” e que estas entidades “pretendem que os prémios sejam também uma forma de reconhecimento do papel que estes têm na cultura em Portugal”.