O responsável das Nações Unidas em Timor-Leste disse hoje que as autoridades não podem ser complacentes face ao risco que permanece da pandemia da covid-19, retirando as restrições em vigor gradualmente e mantendo as medidas de vigilância de saúde.
“Com o total de casos da covid-19 a atingir os 10 milhões, o número de mortos a aproximar-se de 500 mil e cerca de 135 milhões de empregos perdidos até agora, segundo a Organização Internacional do Trabalho (OIT), todos os países precisam de garantir que não há complacência na resposta à pandemia”, disse Roy Trivedy, em declarações à Lusa.
Trata-se, explicou, de fazer “escolhas difíceis sobre a melhor forma de proteger a saúde dos cidadãos e garantir que a pandemia é contida, ao mesmo tempo que apoiam as economias a recuperarem, as pessoas a voltar ao trabalho ‘normal’ e às suas vidas”.
Roy Trivedy falava à Lusa no dia em que Timor-Leste termina três meses de estado de emergência devido à covid-19, com o país sem casos ativos desde 15 de maio e as autoridades a pretenderem manter algumas restrições, especialmente a nível das fronteiras.
O responsável da ONU defende que é essencial que a população continue a respeitar “os protocolos de saúde pública e higiene estabelecidos ao longo dos últimos meses, especialmente, lavagem de mãos, distanciamento físico, uso de máscaras em locais públicos e evitar grandes aglomerações em locais confinados”.
Trivedy insiste que as autoridades devem continuar a informar de forma transparente sobre eventuais casos e testes, procurando levantar as medidas restritivas de forma progressiva.
“É preciso garantir que as medidas de quarentena e isolamento estabelecidas são rigorosamente seguidas e, se necessário, instalações adicionais são estabelecidas para a quarentena efetiva e isolamento de possíveis novos casos”, considerou.
Timor-Leste está sem casos ativos de covid-19 desde 15 de maio, com os 24 pacientes positivos detetados no país a recuperarem.
O estado de emergência termina às 23:59 de hoje, hora local (15:59 em Lisboa).