As vendas a retalho em Espanha caíram 20,2% em maio em relação a 2019, devido à crise económica provocada pela pandemia de covid-19, mas se comparado com abril, o pior mês da pandemia, aumentaram de 19,3%.
De acordo com os dados provisórios avançados hoje pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) espanhol, a taxa anual do índice geral do comércio a retalho a preços constantes foi de -19,0%, na série corrigida de efeitos sazonais e de calendário, e de -20,2% na série original.
A subida mensal do índice a preços constantes é de 19,3%, depois de eliminados os efeitos sazonais e de calendário.
Este crescimento mensal das vendas a retalho tem a ver com a reabertura em maio de parte do comércio, depois do seu fecho em abril, o mês em que a crise provocada pela pandemia de covid-19 mais atingiu a atividade económica.
A evolução anual das vendas a retalho em abril tinha sido de -31,5%, enquanto a mensal de -20,4%.
A progressiva abertura do pequeno comércio em maio faz com que estes estabelecimentos mostrem um “maior dinamismo”: as vendas das pequenas cadeias comerciais cresceram 31,4% e os estabelecimentos com apenas um local 23,3%.
A evolução mensal foi mais significativa na venda de produtos não alimentares, dado que uma boa parte dos estabelecimentos dedicados a esta atividade estavam encerrados em abril: este tipo de vendas aumentou 51,3%, destacando-se os produtos para utilização pessoal (+125,3%) e os para utilização doméstica (+89,5%).
A evolução mensal em maio das vendas nas estações de serviço foi de +37,4% e o crescimento do comércio por correspondência (internet) foi de +17,6%, ligeiramente inferior ao do mês anterior.
Em termos anuais, o comércio retalhista ainda não atingiu os registos elevados de um ano atrás: as vendas de alimentos caíram 0,3% e as de outros bens diminuíram 30,4%.
Estas reduções devem-se principalmente ao comércio presencial, dado que as empresas dedicadas exclusivamente ao comércio online aumentaram as suas vendas em 64,1%.