A taxa de desemprego de Macau entre março e maio fixou-se nos 2,4%, uma ligeira subida devido à crise causada pela pandemia da covid-19, indicaram no domingo as autoridades do território.
A população desempregada de março a maio totalizou 9.700 pessoas, mais 800 do que nos meses de fevereiro a abril, explicou em comunicado a Direção dos Serviços de Estatística e Censos.
“Entre os desempregados à procura de novo emprego, a maioria trabalhou anteriormente no ramo de atividade económica do comércio a retalho, assim como no ramo das lotarias, outros jogos de aposta e atividade de promoção de jogos”, detalhou.
“Entre março e maio de 2020 as taxas de desemprego continuaram a subir, devido à epidemia da pneumonia causada pelo novo tipo de coronavírus, isto é, as taxas de desemprego (2,4%) e de desemprego dos residentes (3,4%) cresceram 0,2 e 0,3 pontos percentuais, respetivamente, face ao período passado (fevereiro a abril de 2020)”, indicou.
Já a taxa de subemprego, explicaram, fixou-se em 2,6%, mais 0,5 pontos percentuais em relação ao período de fevereiro a abril.
De março a maio, a população ativa era de 404.300 pessoas. A população empregada fixou-se em 394.600 pessoas, 280.100 dos quais residentes.
“Em termos de ramos de atividade económica, verificou-se que o número de empregados da construção aumentou, porém, o número de empregados quer do comércio a retalho, quer dos hotéis e similares decresceu”, detalharam as autoridades.
Na sexta-feira os serviços de saúde anunciaram um novo caso de contágio da covid-19, o primeiro no território desde 09 de abril.
Desde 17 de junho e até 16 de julho está aberto um corredor especial entre o território e Hong Kong, para permitir a pessoas retidas pela pandemia o regresso a casa.
Macau foi dos primeiros territórios a identificar casos de infeção com a covid-19, antes do final de janeiro.
O território registou então uma primeira vaga de dez casos. Seguiu-se outra de 35 casos a partir de março, todos importados, uma situação associada ao regresso de residentes, muitos estudantes no ensino superior em países estrangeiros.
A pandemia de covid-19 já provocou mais de 500 mil mortos e infetou quase 10,1 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência de notícias France-Presse (AFP).
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
Depois de a Europa ter sucedido à China como centro da pandemia em fevereiro, o continente americano é agora o que tem mais casos confirmados e mais mortes.