A Liga norte-americana de basquetebol, que será retomada em 30 de julho na Disney World, pode estar ameaçada no caso de uma “disseminação significativa" da covid-19 entre os jogadores, alertou na terça-feira o comissário da NBA, Adam Silver.
“É certo que se tivermos uma disseminação significativa nas instalações [as equipas vão estar concentradas no complexo da Disney World], teremos que parar novamente”, declarou Adam Silver à revista de negócios Fortune.
Enquanto as equipas da NBA se reúnem em Orlando, na Florida, para retomar a temporada, interrompida devido à pandemia, Silver admite que alguns jogadores possam testar positivo à covid-19.
Mas o que seria “preocupante”, segundo o comissário da NBA, era ver jogadores com testes positivos após “colocados em quarentena”.
“Tal significaria que existia uma falha na nossa ‘bolha’ previsivelmente segura no complexo da Disney World”, adiantou Adam Silver, referindo-se ao local onde as 22 equipas ficarão concentradas para disputar o acesso aos ‘play-offs’.
O campeonato da NBA, interrompido desde 11 de março, após o anúncio do teste positivo à covid-19 de Rudy Gobert (Utah) será retomado em 30 de julho, com uma partida entre a equipa do pivot francês e os New Orleans, de Zion Williamson.
Este encontro antecede o aguardado embate, no mesmo dia, entre os LA Lakers, de LeBron James, e os Clippers, de Kawhi Leonard. As partidas serão realizadas sob fortes medidas sanitárias.
Serão também adotadas medidas de despistagem e rastreio ao novo coronavírus, que Adam Silver espera tornar as instalações da Walt Disney seguras para os jogadores e funcionários, apesar do aumento nos casos de covid-19 na Florida.
Após a realização dos primeiros 351 testes desde 23 de junho, 25 jogadores tiveram resultados positivos, revelou a NBA em 02 de julho. Dez membros das delegações dos clubes também acusaram positivo.
A pandemia de covid-19 já provocou mais de 539 mil mortos e infetou mais de 11,69 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
Depois de a Europa ter sucedido à China como centro da pandemia em fevereiro, o continente americano é agora o que tem mais casos confirmados e mais mortes.