O antigo avançado costa-marfinense Didier Drogba considerou hoje que o Mundial2010, disputado na África do Sul, foi o «início de uma nova era de pensar» o futebol no continente africano, que demonstrou estar preparado para organizar um grande evento.
“O Mundial de 2010 foi o início de uma nova era de pensar em África, acreditávamos que podíamos organizar a competição e a África do Sul mostrou que estava preparada. Agora, os jogos da Liga dos Campeões da Confederação Africana de Futebol ou diferentes jogos de qualificação são muitos diferentes de há 10 anos”, afirmou Droga, no fórum organizado pela World Football Summit (WFS) e pelo antigo futebolista brasileiro Ronaldo Nazário.
No sábado, assinalam-se 10 anos desde que a Espanha ergueu o troféu de vencedora daquele Mundial, um título inédito na história da seleção ‘roja’.
Drogba, que jogou em França, Inglaterra, China, Turquia, Canadá e Estados Unidos, esteve acompanhado na mesa redonda do WFS Live pelo secretário-geral da Confederação Africana de Futebol (CAF), Abdel Bah, pelo diretor da empresa HEA Sports, Hicham El Armani, e pelo treinador sul-africano Pitso Mosimane.
O impacto da pandemia de covid-19 no futebol africano foi outro dos temas debatidos, com o secretário-geral da CAF a considerar que os “danos são enormes” e a garantir que o organismo vai ajudar financeiramente as federações nacionais.
“Sabemos que isso não é suficiente, e que cada federação tem a sua especificidade. Também oferecemos guias para a retoma das atividades. Cada federação é livre de tomar as suas próprias medidas, porque os países têm situações distintas em relação à pandemia”, referiu.
Drogba considerou que o apoio aos jogadores deve ir além da proteção e de ajudas financeira, defendendo a necessidade de explicar “que há uma vida além do futebol”.
A pandemia de covid-19 já provocou 555 mil mortos e infetou mais de 12,2 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
Em África, há 12.443 mortos confirmados em mais quase 541 mil infetados em 54 países, segundo as estatísticas mais recentes sobre a pandemia naquele continente.