Cerca de 47 mil pessoas já participaram, até esta data, nos 15 roteiros turísticos locais, lançados pelo Governo de Macau para impulsionar a economia, afetada pela covid-19, afirmou hoje a diretora dos Serviços de Turismo.
Maria Helena de Senna Fernandes falava à margem das cerimónias, esta manhã, do 15.º aniversário da inscrição do centro histórico da cidade na lista do património mundial da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO).
Este plano de turismo doméstico é avaliado em reuniões de coordenação semanais, incluindo a possibilidade de lançar mais roteiros, dada a elevada procura, disse.
Uma das possibilidades é incluir mais pontos do património cultural da cidade, mas os residentes procuram normalmente mais atividades de interior e em família, como 'workshops', considerou.
No entanto, os planos estão sempre a sofrer ajustamentos, devido à pandemia da covid-19. "Há muitas incertezas que nos levam a fazer vários ajustamentos", acrescentou.
Lançado a 15 de junho, o plano de turismo doméstico “Vamos Macau” contempla 15 roteiros, seis comunitários e nove de lazer, com os residentes a receberem 560 patacas (62 euros) caso participem em duas excursões, limite máximo definido pelas autoridades.
O Governo atribuiu 280 milhões de patacas (31 milhões de euros), através da Fundação Macau, para subsidiar os residentes que participem nos roteiros, que incluem excursões por zonas antigas da cidade, turismo de natureza, espetáculos e gastronomia, sendo ainda distribuído pelos residentes um vale de refeição no valor de 100 patacas (11 euros).
O objetivo é ajudar os pequenos negócios, afetados pela crise motivada pela covid-19 e que praticamente paralisou o motor da economia de Macau, a indústria do jogo e do turismo, dada a restrição nas fronteiras e a ausência de turistas.
Em maio passado, os hotéis e pensões do território receberam apenas 116 mil pessoas, menos 89,9%, em relação maio de 2019, longe dos números habitualmente registados na cidade, que só no ano passado recebeu quase 40 milhões de visitantes.
Naquele mês, o número de visitantes caiu 99,5% comparativamente ao período homólogo do ano passado.
Macau foi dos primeiros territórios a identificar casos de infeção com a covid-19, antes do final de janeiro. O território registou então uma primeira vaga de dez casos. Seguiu-se outra de 35 casos a partir de março, todos importados, uma situação associada ao regresso de residentes, muitos estudantes no ensino superior em países estrangeiros.
O caso mais recente, o 46.º no território desde que o surto começou, registou-se em 25 de junho.