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BAD e Timor-Leste assinam acordo de apoio a famílias do setor do café

O Banco Asiático de Desenvolvimento (BAD) e o Governo de Timor-Leste assinaram hoje um acordo de subvenção para apoiar 2.000 famílias do setor do café em boas práticas agrícolas e acesso ao financiamento, informou a instituição.

BAD e Timor-Leste assinam acordo de apoio a famílias do setor do café
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O acordo, no valor de três milhões de dólares (2,65 milhões de euros) pretende ainda ajudar a aumentar a qualidade do café e o acesso ao mercado, melhorando os meios de subsistência rural no quadro da resposta à pandemia da covid-19.

“O desenvolvimento do setor cafeeiro de Timor-Leste é uma prioridade nacional, pois oferece um dos melhores caminhos para reduzir a pobreza e a desigualdade, melhorar a segurança alimentar e expandir a economia não petrolífera de Timor-Leste”, considerou a especialista em Recursos Naturais e Agricultura do BAD para o Sudeste Asiático, Stefania Dina.

"O projeto vai impulsionar a qualidade do café e o acesso ao mercado. Também apoiará a recuperação económica pós-covid-19, ajudando a melhorar a subsistência rural e promover o desenvolvimento do setor privado", disse.

O ministro das Finanças timorense, Fernando Hanjam, e o diretor do BAD em Timor-Leste, Sunil Mitra, assinaram o acordo num encontro em que participaram ainda o ministro da Agricultura e Pescas timorense, Pedro dos Reis, a vice-ministra das Finanças, Sara Lobo Brites, e o embaixador do Japão para Timor-Leste, Kinefuchi Masami.

Apesar de continuar com valores reduzidos, o café é a maior exportação não petrolífera de Timor-Leste, empregando cerca de 37,5% das famílias timorenses.

“O setor, no entanto, opera muito abaixo do seu potencial de longo prazo devido à produção baixa e volátil, qualidade inconsistente do produto e gestão fraca do setor. Como resultado, muitas famílias produtoras de café vivem em extrema pobreza”, indicou o BAD, em comunicado enviado à Lusa.

Este financiamento insere-se no projeto de “Melhoria do Meio Ambiente e da Agrofloresta”, apoiado pelo Fundo Japão de Redução da Pobreza, com foco nos municípios produtores de café de Aileu, Ainaro, Bobonaro, Ermera, Liquica e Manufahi.

O objetivo é duplicar a produção agroflorestal e de café do país, permitindo “um aumento de 270% nos lucros da exportação de café até 2030”.

Ajudará ainda o Governo a “fortalecer a gestão da informação, a coordenação setorial e a partilha de conhecimento”.

O projeto vai facilitar a implementação do Plano de Desenvolvimento do Setor Cafeeiro de Timor-Leste, aprovado pelo governo em 2019 com apoio do BAD e do Instituto Global de Qualidade do Café, uma organização sem fins lucrativos.

Este plano prevê um investimento do Governo de 38 milhões de dólares (33,56 milhões de euros) em questões como pesquisa e desenvolvimento, produção e produtividade, qualidade e valor, acesso ao mercado, consumo doméstico e turismo e coordenação de gestão setorial.

Em 2018, o BAD tinha apoiado o setor com um milhão de dólares (883 mil euros), direcionados a pequenos produtores de café em Timor-Leste, para melhorar a produtividade e a qualidade de cultivo para responder a padrões internacionais de certificação.

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