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Novo presidente da petrolífera timorense Timor Gap assume funções

O novo presidente da petrolífera timorense Timor Gap, António José Loiola de Sousa, assumiu hoje oficialmente funções comprometendo-se a encontrar soluções para ultrapassar os desafios atuais do setor, especialmente no quadro da pandemia de covid-19.

Novo presidente da petrolífera timorense Timor Gap assume funções
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“O combate atualmente é difícil, devido à mudança global da covid-19 e das implicações nos preços do petróleo, o que nos coloca grandes desafios. Mas é nosso dever encontrar uma solução”, disse hoje Loiola de Sousa, na sede da petrolífera.

“Apesar das dificuldades da atualidade, saberemos ultrapassar qualquer dificuldade, com o mesmo objetivo, dever e obrigação de lutar pelo desenvolvimento do país, para melhorar as condições de vida da população”, sublinhou.

Loiola de Sousa assumiu o cargo do seu antecessor, Francisco Monteiro, numa curta cerimónia que decorreu hoje nos escritórios da Timor Gap em Díli, dias depois da sua nomeação ser publicada no Jornal da República.

“A Timor Gap é a companhia petrolífera nacional e tem uma posição estratégica no desenvolvimento do país e do povo. Está inspirada na luta de libertação e juntos temos de lutar pela libertação dos recursos naturais, petróleo e minerais”, afirmou.

Monteiro entregou a Loiola de Sousa um conjunto de documentos assinalando a passagem da responsabilidade pela empresa que, entre os seus principais investimentos, tem a maioria do capital do consórcio do projeto do Greater Sunrise, no Mar de Timor.

“Hoje conclui-se um processo natural que começou na quarta-feira, em que cesso no comando da Timor Gap e passo o comando ao novo presidente que era até aqui vice-presidente da companhia”, disse Francisco Monteiro, agradecendo o apoio, trabalho e dedicação de toda a equipa da petrolífera nos últimos anos.

“A Timor Gap teve e tem um grande papel na construção do setor petrolífero, que por sua vez tem um papel de grande contributo para o desenvolvimento de Timor-Leste”, recordou, referindo os “vários assuntos pendentes” que a petrolífera tem em mãos.

Em concreto, Monteiro referiu-se à necessidade de continuar os esforços “para garantir a vinda do gasoduto do Mar de Timor” e ainda a questão de “captação de investimentos para o desenvolvimento da costa sul”, os dois projetos ligados aos poços do Greater Sunrise.

O plano de negócios do Greater Sunrise foi, aliás, um dos documentos entregue na cerimónia de hoje.

Victor Soares, ministro do Petróleo e Minerais, explicou no decreto de nomeação que a alteração na liderança da Timor Gap pretende conseguir uma gestão mais eficiente, eficaz e alinhada com a “nova visão estratégica” do Governo para o setor petrolífero.

“Os objetivos estratégicos do Governo para o setor e o alinhamento das atividades empresariais e orientação estratégica da Timor Gap requerem uma mudança de presidente do Conselho de Administração, por forma a permitir uma melhoria da coordenação com a tutela, garantir uma gestão mais eficiente e eficaz e, consequentemente, garantir uma melhor gestão dos recursos do Estado de Timor-Leste”, refere o diploma.

O decreto considera que as mudanças marcam “uma nova visão estratégica para a implementação do plano do Governo” para o setor petrolífero que considera “um dos pilares do desenvolvimento económico futuro de Timor-Leste” a ser utilizado “para construir a nação e proporcionar o progresso e bem-estar a todo o povo timorense”.

No texto, o Governo confirma que a Timor Gap continuará a ser mandatada para “gerir e administrar os projetos petrolíferos, apoiando a criação de indústrias de suportes e o desenvolvimento dos recursos humanos necessários a uma operacionalização eficiente do setor petrolífero”.

Ainda que a Timor Gap seja uma empresa autónoma, o Governo considera que deve “estar alinhada com as orientações e objetivos do Governo para o setor” e que caberá ao novo presidente a “conclusão, funcionamento e operacionalidade dos projetos públicos em curso”.

O ministro considera no texto que Loiola de Sousa tem “reconhecida idoneidade, integridade, formação académica e profissional” além de “reconhecido mérito, competências de liderança, colaboração, pedagogia e motivação de equipas”.

Critérios que “fundamentam a adequação do perfil ao desempenho do referido cargo”.

Loiola de Sousa, 49 anos, é engenheiro de reservatórios, geomecânica e gestão e negócios no setor petrolífero, com um bacharelato em engenharia mecânica, com especialização em engenharia de rochas, completado no Instituto de Tecnologia de Bandung, na Indonésia.

Até aqui número dois da Timor Gap, Loiola de Sousa tem um mestrado em engenharia do petróleo, que completou na Universidade de Ciência e Tecnologia da Noruega.

Além de vários anos de experiência na Timor Gap trabalhou no Mar do Norte, na Premier Oil na Escócia e no Reino Unido, e no Centro Regional de Exploração e Produção de Schlumberger, em França, com experiência ainda na petrolífera malaia Petronas.

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