O Ministério Público arquivou o processo-crime que corria nos Açores contra o presidente do Sporting, por alegada burla, abuso de confiança e infidelidade, relacionado com a venda de um terreno da família da ex-mulher de Filipe Soares Franco.
''Esse processo criminal, na comarca de Ponta Delgada, foi arquivado por não se terem encontrado quaisquer indícios da pratica desses crimes'', confirmou hoje à Agência Lusa o advogado de Soares Franco, Rogério Alves, também presidente da Mesa da Assembleia Geral do Sporting, adiantando ter recebido hoje o despacho de arquivamento.
Contudo, sobre os mesmos factos está ainda pendente, em Cascais, uma acção cível de prestação de contas.
Em causa está uma divergência entre as partes sobre o valor pelo qual o líder dos ''leões'' vendeu o referido terreno, nos Açores. Soares Franco alega que a operação se saldou por 150 mil contos (750 mil euros), enquanto a antiga companheira defendia que o negócio ascendeu a 300 mil contos (1,5 milhões de euros).
''A minha reacção é nula porque sempre disse que são coisas pessoais e que, portanto, devem permanecer nessa esfera. De maneira nenhuma. Quando me candidatei à presidência, este processo já existia, logo não faz sentido falar sobre isso'', disse à Lusa Soares Franco, rejeitando que a decisão do MP altere a sua intenção de não se recandidatar nas eleições de Junho.
Soares Franco anunciou a renúncia ao acto eleitoral em 08 de Janeiro, invocando responsabilidades ''empresariais e sociais'' como empresário, face à crise económica mundial, adiantando que só continuaria com um ''projecto inovador, para um ciclo de modernização e inovação''.