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O Benfica conquistou hoje a sua primeira Taça da Liga, ao vencer o Sporting no desempate por grandes penalidades, numa partida que teve como grandes protagonistas o guarda-redes Quim e o árbitro Lucílio Baptista.
No Estádio Algarve, o habitual suplente da baliza “encarnada” acabou por ser decisivo ao defender três grandes penalidades, enquanto o juiz setubalense assinalou um castigo máximo inexistente, que permitiu ao Benfica empatar o encontro e levar o jogo para o desempate.
Pereirinha estreou-se a marcar esta temporada aos 48 minutos, dando vantagem ao Sporting, mas o Benfica empatou aos 75 minutos, por Reyes, que marcou pela terceira vez em outros tantos encontros com os “leões”.
No desempate por grandes penalidades, Quim defendeu os remates de Rochemback, Derlei e Hélder Postiga, enquanto Aimar (defesa de Tiago) e Katsouranis (por cima da barra) falharam as suas grandes penalidades.
Na estreia em finais, o treinador do Benfica, Quique Flores, conquistou o seu primeiro título, enquanto o ténico “leonino”, Paulo Bento, perdeu pela segunda vez este troféu no desempate por grandes penalidades, como aconteceu na última temporada, ante o Vitória de Setúbal.
Com este triunfo, o Benfica “salvou” a temporada, enquanto o Sporting, tal como os “encarnados”, fica dependente de uma “escorregadela” do FC Porto para poder lutar pelo título nacional.
Paulo Bento apresentou um “onze” sem surpresas, com Tiago, habitual titular na Taça da Liga, a substituir Rui Patrício na baliza, enquanto Bruno Pereirinha substituiu o lesionado Marat Izmailov.
No Benfica, o técnico Quique Flores fez regressar Ruben Amorim e Suazo, que falharam os últimos encontros por lesão, apostando em Nuno Gomes para fazer dupla com o hondurenho na frente de ataque.
Com o regresso de Ruben Amorim, o francês Yebda saiu da equipa, cabendo ao médio português juntar-se a Katsouranis e fazendo Aimar descair para uma das alas.
A primeira parte do encontro foi jogada em alto ritmo, com as duas equipas a aplicarem-se a fundo, por vezes, excessivamente, com algumas faltas mais duras, que obrigaram a várias entradas das equipas médicas.
Apesar de o Sporting ter mais posse de bola, o Benfica mostrou-se mais perigoso no início e podia ter marcado logo aos quatro minutos, mas Nuno Gomes, isolado por Aimar, rematou contra Tiago.
Os “leões” reagiram e, aos 12 e 16 minutos, tiveram boas oportunidades em lances em que Quim saiu mal da baliza, mas Polga rematou por cima e Liedson viu David Luiz cortar a bola em cima da linha de baliza.
A grande oportunidade do Benfica surgiu aos 22 minutos, num livre directo do argentino Pablo Aimar, a que Tiago respondeu com uma excelente defesa.
Com as equipas bem fechadas na área, Reyes, aos 25 minutos, e João Moutinho, aos 36, tentaram o remate de longe, com o espanhol a atirar a centímetros do poste e o médio luso a obrigar Quim a defesa apertada.
Sem as equipas dentro do relvado, as atenções viraram-se para um dos topos do Estádio Algarve, em que a polícia foi obrigada a intervir junto de uma das claques do Benfica.
De regresso ao relvado, o Sporting demorou apenas três minutos para inaugurar o marcador, por Pereirinha. Após uma excelente jogada pela esquerda, Caneira cruzou para Liedson, que atirou ao poste e, na recarga, o jovem médio rematou para o fundo da baliza.
O brasileiro Luisão esteve muito perto de empatar o encontro aos 67 minutos, na sequência de um canto, mas o seu cabeceamento acabou por encontrar a barra da baliza de Tiago.
O Benfica acabaria mesmo por empatar, na marcação de uma grande penalidade, apontada por Reyes, aos 75 minutos, mas o árbitro setubalense errou, uma vez que Pedro Silva, que viu o segundo amarelo e foi expulso, tocou a bola com o peito e não com a mão.
