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O futebolista brasileiro do Sporting Pedro Silva, protagonista do lance mais polémico da final da Taça da Liga, ganha hoje pelo Benfica, rejeitou a medalha de finalista e endereçou-a ao árbitro da partida, que qualificou de ''ladrão''.
Sporting e Benfica empataram a um golo, no final dos 90 minutos, e os ''encarnados'' acabaram por conquistar o troféu, por 3-2, no desempate por grandes penalidades, mas o tento do empate, marcado na conversão de um penalti pelo espanhol Reyes, nasceu de uma decisão incorrecta do setubalense Lucílio Baptista, que assinalou uma mão na bola inexistente de Pedro Silva.
''Para que quero a medalha? Dêem-na a ele (árbitro), a esse ladrão'', afirmou o defesa lateral, depois de ter recusado ostentar o objecto destinado ao segundo colocado da prova, atirando-o para o relvado do Estádio Algarve.
Pedro Silva defendeu que a bola lhe bateu no peito e que o juiz do encontro não poderia ter visto qualquer falta porque estava nas suas costas.
''Toda a gente viu o que aconteceu. Em todos os jogos há polémica, em todos os jogos os árbitros erram e ninguém faz nada. Acho que alguém tem que tomar medidas. Perguntei-lhe (ao árbitro) quem assinalou e ele diz que não sabe? Então se ele é o árbitro por que assinalou? Isto é uma bricandeira. Não foi penalti. Que o meu filho morra se foi penalti'', lamentou.
Outro defesa do Sporting, Marco Caneira, também confirmou a ''revolta'' do plantel, afirmando que a equipa de arbitragem ''não esteve à altura''.
''Fomos gravemente prejudicados num lance em que é impossível o árbitro ver grande penalidade e no qual ouvimos o auxiliar dizer que não viu nada e que não era penalti. Queria que ele (Lucílio Baptista) pudesse justificar-se à saída, como fez ontem (sexta-feira) na conferência de imprensa'', afirmou Caneira.
