O Benfica homenageou hoje a maior figura da história do clube, Eusébio, o treinador bi-campeão europeu, o húngaro Béla Guttmann, e o seu compatriota, o malogrado Miklós Féher, na presença do ministro dos Negócios Estrangeiros da Hungria.
O clube da Luz, representado pelo vice-presidente João Varandas Fernandes recebeu o ministro dos Negócios Estrangeiros da Hungria, Péter Szijjártó, acompanhado do embaixador da Hungria em Portugal, Miklós Halmai.
Faz praticamente um ano (11 de agosto 2019) desde a última presença de Péter Szijjártó no Estádio da Luz. Numa outra realidade, sem pandemia, na altura a comitiva húngara teve a oportunidade de assistir ao arranque da I Liga, num recinto completamente lotado.
O governante húngaro, que aterrou em Lisboa e seguiu diretamente para o estádio da Luz, foi recebido com toda a formalidade na Porta 18 e assistiu à homenagem aos seus compatriotas Béla Guttmann e Miklós Fehér, e ao maior símbolo do Benfica, Eusébio da Silva Ferreira.
"É uma honra recebermos a visita do senhor ministro dos Negócios Estrangeiros no Estádio do Sport Lisboa e Benfica, não só pelo passado, mas pelo presente e pelo futuro. Temos uma relação de estima, de amizade, de viver grandes emoções, uma relação profunda e muito forte com a Hungria", disse Varandas Fernandes, destacando este "momento importante de solidariedade e união entre os dois povos".
Por seu lado, Péter Szijjártó agradeceu ao Benfica, "o clube mais popular e titulado de Portugal", pela forma como tem cuidado da herança húngara no clube: "Temos uma herança muito rica! Sete dos 37 títulos de campeão do Benfica foram ganhos com treinadores húngaros, dois títulos de campeões europeus ganhos com Béla Guttmann, ele que trouxe Eusébio para o Benfica".
O Ministro dos Negócios Estrangeiros húngaro recordou ainda a final europeia vencida pelo Benfica frente ao Real Madrid (5-3), em 1962, na qual o também húngaro Ferenc Puskás marcou três golos, contra os dois de Eusébio, o que o levou a concluir que o clube da Luz e a Hungria têm "muitas coisas em comum".
"Somos uma nação pequena, mas estamos extremamente orgulhosos por termos feito parte e contribuído de forma decisiva para a construção e desenvolvimento das grandes nações europeias futebolísticas, tais como Portugal, Espanha, Itália", disse Péter Szijjártó, lembrando a tragédia que foi a morte de Miklós Féher, "um jogador talentoso, uma grande pessoa, um homem bom", com a camisola do Benfica, aos 25 anos.
A seguir à homenagem, realizou-se uma reunião de trabalho prevista no protocolo entre as duas delegações e uma visita ao estádio da Luz, primeiro ato do ministro dos Negócios Estrangeiros da Hungria na sua visita oficial a Portugal.