O Benfica foi testado por Sporting de Braga, Rio Ave e Famalicão na caminhada rumo à sua 37.ª final da Taça de Portugal em futebol, conquistada no reduto do conjunto ‘sensação’ da edição 2019/20 da I Liga.
Após uma goleada a abrir, no reduto do ‘secundário’ Cova da Piedade, os ‘encarnados’ superaram o ‘terciário’ Vizela, e o terceiro, o quinto e o sexto colocados do principal campeonato luso, em quatro eliminatórias em que esteve em desvantagem.
Na corrida rumo a Coimbra, Bruno Lage, entretanto demitido e substituído por Nélson Veríssimo, optou por fazer alinhar grande parte da ‘equipa base’ do campeonato, incluindo Vlachodimos, depois de Zlobin ocupar a baliza nos quatro primeiros jogos.
O lateral esquerdo Grimaldo foi o único totalista (540 minutos) na caminhada dos ‘encarnados’, mas, devido a lesão, não vai poder manter o estatuto na final.
No que respeita aos golos, o médio Pizzi, que já apontou 31 em 2019/20 (30 no Benfica e uma na seleção), é o melhor marcador, com cinco tentos, mais um do que o brasileiro Vinícius, o ‘rei’ dos goleadores do campeonato, com 19.
Os ‘encarnados’ estrearam-se no reduto do Cova da Piedade, da II Liga, onde golearam por 4-0, com ‘bis’ de Pizzi e Vinícius, e, depois, sofreram para ganhar fora ao promovido Vizela, da Série A do Campeonato de Portugal, por 2-1.
Samu adiantou os locais, logo aos seis minutos, e o Benfica, mesmo a jogar contra 10 desde os 26, por expulsão de Ericsson, só conseguiu dar a volta na parte final, com um tento de Raúl de Tomás, aos 70, e outro do suplente Vinícius, aos 86.
Nos ‘oitavos’, o cenário repetiu-se, com um autogolo de Ferro a adiantar o Sporting de Braga, na Luz, logo aos 14 minutos, antes dos ‘omnipresentes’ Pizzi, aos 18, e Vinícius, aos 62, darem a volta à eliminatória.
A história repetiu-se nos quartos de final, com o Rio Ave a chegar à Luz e a marcar logo aos quatro minutos, num livre direto de Lucas Piazón, e a responder, depois, aos 29, por Taremi, à igualdade restabelecida por Cervi, aos 13.
O conjunto de Carlos Carvalhal não ‘contava’, porém, com a entrada do suíço Seferovic, que saltou do banco aos 60 minutos e ‘bisou’, num ápice, com tentos aos 64 e 71.
As ‘meias’ começaram na Luz e o primeiro a faturar foi o ‘inevitável’ Pizzi, aos 53 minutos, de penálti, mas Pedro Gonçalves, aos 60, e Toni Martínez, aos 73, selaram a reviravolta e, pela quarta ronda consecutiva, o Benfica esteve a perder.
Lage teve de triar do banco Rafa, que entrou aos 67 minutos e empatou o jogo, aos 78. O triunfo só chegou, no entanto, na última jogada, aos 90+5, com um tento de Gabriel.
Os ‘encarnados’ foram em vantagem para Famalicão, onde ampliaram a vantagem, aos 24 minutos, com mais um golo de Pizzi, só que a equipa da casa nunca desistiu, ganhou nova alma com o tento de Toni Martínez, aos 78, e lutou até final pelo apuramento.
No total, o Benfica somou cinco vitórias e um empate, com 15 golos marcados e sete sofridos, quatro por Zlobin e três por Vlachodimos.
Benfica e FC Porto defrontam-se no sábado, pelas 20:45, na final da 80.ª edição da Taça de Portugal, no Estádio Cidade de Coimbra, e não no Jamor, devido à pandemia da covid-19, também responsável pela ausência de público nas bancadas.