O FC Porto ficou hoje mais próximo do seu quarto título consecutivo ao bater o Vitória de Guimarães, por 3-1, num encontro da 23ª jornada da Liga de futebol em que os ''dragões'' chegaram ao intervalo em desvantagem.
Três golos na segunda parte, de Farias (52), Mariano (58) e Rolando (88), permitiram a reviravolta no marcador após o golo inaugural de Roberto (19) para a equipa da casa.
O FC Porto passa a dispor de sete pontos de vantagem sobre o Sporting e oito sobre o Benfica, ainda que à condição, e o Vitória de Guimarães marca passa na luta por alcançar os lugares europeus.
Ambas as equipas procuravam a terceira vitória consecutiva - o Vitória vinha de bater Belenenses e Benfica, na ''Luz'', e o FC Porto a Naval e o Leixões.
A equipa portista, tradicionalmente ''feliz'' em Guimarães (venceu sempre nos últimos seis anos), sofreu alterações no ''onze'' com Jesualdo Ferreira a fazer gestão do plantel, deixando Lucho e Rodriguez no banco devido às longas viagens realizadas por causa das suas selecções e retirando ainda Madrid e Lisandro (suspenso).
Hulk e Fernando regressaram ao ''onze'', depois de ausentes com a Naval, assim como Tomás Costa e Farias.
Na equipa da casa a única alteração no ''onze'' que venceu o Benfica no Estádio da Luz foi a saída do capitão, Flávio Meireles, suspenso por acumulação de amarelos, entrando para o seu lugar Custódio.
O FC Porto foi quase sempre a melhor equipa em campo, justificando o triunfo, com particular destaque para Hulk que, apesar de não ter marcado nenhum golo, semeou o perigo sempre que arrancava em velocidade com a bola controlada, e, muitas vezes, só recorrendo à falta os adversários conseguiam pará-lo.
A turma orientada por Jesualdo Ferreira entrou melhor no jogo e, logo aos seis minutos, Raul Meireles descobriu Mariano na direita, o argentino centrou tenso com muito perigo, mas Lionn cortou em esforço.
Do lance, resultaria a lesão do defesa-direito entrando para o seu lugar o também brasileiro Andrezinho.
Pouco depois (9), grande momento de Farias a parar no peito e a rematar de pé esquerdo, de fora da área, para uma grande defesa de Nilson.
O Vitória era uma equipa nervosa, mas aos 19 minutos, e num espaço de 30 segundos, avisou primeiro - perdida incrível de Roberto, à boca da baliza, após bom centro de Andrezinho - e marcou a seguir: Milhazes cruzou da esquerda, a bola embateu em Sapunaru permitindo ao mesmo Roberto antecipar-se aos centrais portistas e desviar, subtilmente, para o fundo da baliza de Helton.
O FC Porto acusou o golo, mas aos 35 minutos podia ter empatado se Farias tivesse aproveitado melhor o falhanço de Gregory na intercepção de um centro de Mariano.
Com excepção do minuto 19, a verdade é que o Vitória pouco mais fez para justificar a vantagem ao intervalo, apesar do FC Porto, com mais tempo de posse de bola e iniciativa atacante, viver quase em exclusivo da criatividade de Hulk.
Na segunda parte e em apenas seis minutos, o FC Porto deu a volta ao marcador, primeiro por Farias, de cabeça, a concluir centro precioso de Raul Meireles, e depois por Mariano que aproveitou a paragem da defesa vimaranense a pedir fora-de-jogo (inexistente), num lance em que Nilson também não fica isento de culpas.
O Vitória nunca mais foi uma equipa capaz de causar grande perigo e o FC Porto explanava a sua clarividência no relvado, agora com o contributo de Lucho.
O FC Porto aumentaria mesmo a vantagem, aos 88 minutos, com Rolando a corresponder de forma imperial ao canto de Lucho da esquerda.