O treinador do FC Porto, Jesualdo Ferreira, apelou hoje à “ambição, coragem e solidariedade” para iniciar da melhor forma a disputa com o Manchester United por um lugar nas meias-finais da Liga dos Campeões em futebol.
Na antevisão ao jogo da primeira “mão”, terça-feira, em Old Trafford, Jesualdo Ferreira surgiu confiante na conferência de imprensa e assumiu que o FC Porto tem “ambição e argumentos para discutir o jogo”.
“A coragem vai dar-nos força para colocar em campo aquilo que sabemos fazer melhor, que é atacar. No nosso espírito não há receio, apenas responsabilidade do que temos de fazer. Vamos jogar com o campeão da Europa e do Mundo, mas o FC Porto tem muita ambição e argumentos para discutir o jogo”, disse.
Jesualdo Ferreira explicou que o FC Porto tem “grande vontade de ganhar” e “mostrar as capacidades” que levaram a equipa aos quartos-de-final da Champions.
“Os jogadores sabem que têm uma grande oportunidade na mão. Mas não é um jogo decisivo, é um jogo para desfrutar. Todos querem estar nestas competições, neste momentos altos. Não se pode desfrutar sem alegria e prazer. E é isso que queremos”, avançou o treinador.
Se estes requisitos forem cumpridos, diz Jesualdo, “é possível chegar ao fim e vencer”.
“Não acredito que o meu colega (Alex Ferguson) do Manchester United desvalorize o FC Porto. Está na memória de todos que o Manchester foi eliminado pelo FC Porto em 2003/04. E em conquistas internacionais os dois clubes equiparam-se, assim como em número de presenças na Liga dos Campeões”, recordou.
O FC Porto não pode, em nenhum momento, “perder a sua identidade”, já que, apenas desta forma, “é possível responder à capacidade do Manchester United”.
“Somos uma equipa com espírito ofensivo e que procura ganhar sempre. Vai ser importante, como sempre fazemos, defender bem para atacar depois. Só assim podemos eliminar com mais facilidade o jogo colectivo do Manchester United”, assumiu Jesualdo Ferreira.
O técnico portista desvalorizou ainda o tempo de descanso do Manchester – inferior um dia ao do FC Porto – e explicou que as potencialidades económicas dos clubes ingleses são superiores às dos portugueses.
“Tentamos transformar tudo isto em desafios permanentes. Vamos oferecer aos adeptos que estão aqui e a todos em Portugal e no Mundo um bom trabalho. Penso que Portugal está connosco neste jogo. Há muitos factores de natureza afectiva que nos fazem correr muito mais amanhã (terça-feira)”, concluiu.