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Luís Aurélio celebrou tricampeonato romeno pelo Cluj com final dramático

O médio português Luís Aurélio viveu na segunda-feira o ponto mais alto da sua carreira futebolística, ao participar no terceiro título consecutivo romeno do Cluj, marcado por uma reta final repleta de emotividade.

Luís Aurélio celebrou tricampeonato romeno pelo Cluj com final dramático
Futebol 365

“Foi uma época extremamente difícil, que teve um desfecho fantástico e gratificante para o plantel. O segredo foi a vontade de todos os jogadores ajudarem-se uns aos outros e quererem dar nas vistas, sobretudo nas provas europeias. O clube foi-nos dando muitas coisas boas e nós retribuímos”, partilhou à agência Lusa o atleta natural de Beja.

Com o ‘capitão’ Mário Camora no ‘onze’ e Luís Aurélio a partir dos 84 minutos, o Cluj venceu no terreno do segundo colocado Universitatea Craiova, por 3-1, em jogo da 10.ª e última jornada do ‘play-off’ de apuramento de campeão da Roménia, confirmando o sexto cetro nacional e a melhor sequência vitoriosa da história do clube da Transilvânia.

“O título de campeão veio finalizar uma temporada quase perfeita e em cheio para nós. Ficámos à beira da qualificação para a fase de grupos da Liga dos Campeões [derrota no ‘play-off’ com os checos do Slavia de Praga], entrámos na Liga Europa e fomos eliminados por mero detalhe pelos espanhóis do Sevilha nos 16 avos de final”, lembrou.

O Cluj terminou na primeira posição, com 49 pontos, cinco acima do Craiova, que ficou com uma partida por realizar, devido ao adiamento da visita ao reduto do Astra Giurgiu, num encontro da penúltima ronda que deveria ter sido disputado em 31 de julho, mas acabou anulado devido às infeções por covid-19 no plantel do terceiro colocado da Liga.

Como a Federação Romena de Futebol tinha de indicar até segunda-feira os clubes apurados para as competições europeias de 2020/21, o duelo entre Craiova e Cluj redimensionou-se a poucas horas do apito inicial e converteu-se numa autêntica final pelo troféu, suscetível de ser desempatada no prolongamento ou através de penáltis.

Os ‘estudantes’ subiram ao relvado do estádio Ion Oblemenco obrigados a vencer, dado o atraso de dois pontos para os ‘ferroviários’, mas o golo madrugador de Dan Nistor foi suplantado pelos tentos de Paulo Vinícius, Kévin Boli e Ciprian Deac, frustrando as expectativas do Craiova em quebrar um ‘jejum’ de 29 anos sem vencer o campeonato.

“Gostávamos de festejar com os adeptos, porque mereciam tanto quanto nós. Sabemos que eles estão connosco através da televisão, mas nunca é a mesma coisa. Assim que regressámos à nossa cidade, celebrámos 10 a 15 minutos à distância com eles. Foi uma coisa muito curta e sem aquela emoção típica de um título sem esta pandemia”, admitiu.

O Cluj tinha assumido a liderança isolada à passagem da quinta jornada e dominou a concorrência na fase regular, obtendo seis pontos de vantagem sobre o Universitatea Craiova, que se reduziram para metade na transição para o ‘play-off’, cuja realização parou em meados de março e ao fim de duas rondas, devido à pandemia de covid-19.

“Estávamos num momento muito bom e tudo indicava que seríamos campeões a algumas jornadas do fim. Só que a pausa veio retardar um pouco isso e prejudicou-nos muito, até porque retomámos em junho e os adversários ganharam-nos pontos nesta luta, fazendo com que o título fosse alcançado mesmo no último jogo”, recordou Luís Aurélio.

Os ‘ferroviários’ tiveram ainda de superar o novo coronavírus e confirmaram 23 falsos positivos em 28 de julho, na véspera de começarem a encarrilar três triunfos seguidos num espaço de seis dias, que permitiram a ultrapassagem ao Craiova, mesmo na ausência do treinador Dan Petrescu e de cinco jogadores, todos infetados pela covid-19.

O médio, de 31 anos, apontou um golo em 19 aparições e “esperava claramente jogar mais”, embora já esteja focado na primeira ronda preliminar da Liga dos Campeões, entre 18 e 19 de agosto, cujo sorteio decorre no domingo e terá no pote dos cabeças de série o Cluj, à procura de repetir a chegada à fase de grupos em 2008/09.

“Ouvir aquele hino na época passada foi uma coisa extraordinária. Sentimos que o nosso trabalho está a ser recompensado e só temos de desfrutar desses momentos únicos que todos pretendem alcançar”, resumiu Luís Aurélio, recrutado há um ano ao Gaz Metan, após representar Moreirense, Nacional e Feirense na I Liga portuguesa.

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