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Sporting: Dias da Cunha e Soares Franco ajustaram contas na TV

O actual e o anterior presidentes do Sporting trocaram domingo à noite várias acusações, nomeadamente um ''buraco'' financeiro que será uma ''invenção'' e a falta de prestação de contas, discordando nas visões de futuro do clube, num debate na televisão por cabo SIC Notícias.

Sporting: Dias da Cunha e Soares Franco ajustaram contas na TV

Segundo os próprios, há mistérios por desvendar, tanto para Filipe Soares Franco, que sucedeu a António Dias da Cunha à frente dos destinos do emblema de Alvalade, como para o seu antecessor.

''É o único presidente de um clube na Europa que sai quando sai um treinador. Isto não existe'', afirmou Soares Franco, referindo-se aos acontecimentos de 2005, aquando da demissão do técnico de futebol José Peseiro.

Dias da Cunha, socorrendo-se de uma carta de Maio de 2005 do então seu vice-presidente Soares Franco, lembrou que seria o também dirigente Ernesto Ferreira da Silva quem devia suceder-lhe no cargo, como candidato da direcção cessante - ''o que o levou a desistir, continua a ser um mistério'' -, e sugeriu que o actual líder terá ''assustado as pessoas com a tremenda invenção do buraco para não ter oposição nas eleições'' às quais se tinha comprometido a não concorrer.

Em causa estão valores de passivo do clube, entretanto divulgados pelo actual Conselho Fiscal dos ''leões'', na ordem dos perto de 70 milhões de euros em 2000, quando Dias da Cunha chegou à direcção, e de cerca de 280 milhões de euros na data da sua renúncia, algo negado pelo antigo líder, que defendeu ter investido ''184 milhões de euros em património e feito face a défices de tesouraria da SAD de 39 milhões de euros''.

''Nunca apresentou contas consolidadas. Fui o primeiro a apresentá-las. O sr. Dr. tinha-as na gaveta desde 1998'', acusou Soares Franco, prontamente rebatido por Dias da Cunha, que mencionou a apresentação de ''resultados consolidados'', seguindo-se o ''pingue-pongue'': ''sempre'', ''nunca'', ''sempre'', ''nunca''.

Outro ponto de discórdia foram os contratos celebrados com a banca, com Soares Franco a frisar que foi o seu antecessor ''quem vendeu o património em primeiro lugar'' e que deixou o clube com ''obrigações por cumprir''.

Após novo ''duelo'' sobre o significado jurídico de alienação e do seu carácter definitivo ou não, Dias da Cunha acusou Soares Franco de continuar ''a enganar as pessoas com fantasias'' e de deixar o clube ''empobrecido e cadavérico desnecessariamente com a venda de património, propondo-se agora espoliar o Sporting do resto, ou seja, fazê-lo perder o seu futebol'', referindo-se à maioria de títulos da SAD.

Soares Franco retorquiu, sublinhando ter conseguido 48 milhões de euros com a venda do edifício-sede, do centro comercial Alvaláxia, de uma clínica e um ginásio, e defendeu que o novo plano de reestruturação financeira ''prevê que o Sporting nunca perca a maioria da SAD'', ficando mesmo com ''50,1 por cento de uma sociedade que duplica de valor''.

Para Dias da Cunha, que considera a proposta da actual direcção ''confusa'', Soares Franco quer acabar com ''o clube como sempre existiu'' e ''fazer uma empresa independente (SAD), convencido que depois poderá gastar mundos e fundos''.

O actual líder dos ''verde-e-brancos'', que já assumiu não se recandidatar às eleições de 05 de Junho, voltou a defender as ideias já apresentadas, da assembleia referendária, para agilizar as decisões, e do plano de engenharia financeira porque ''não há um Sporting sustentável com um passivo de 280 milhões de euros'', nem competitivo, pois está ''constrangido a gastar metade do que gastam FC Porto e Benfica''.

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