O Chelsea afastou o Liverpool nos quartos-de-final da Liga dos Campeões de futebol após um jogo imprevisível e emotivo, que terminou com um empate 4-4 e colocou os ''blues'' para as meias-finais.
Depois de ter estado a perder pro 2-0 e 4-3, o Chelsea só respirou de alívio já muito perto do final, com o segundo golo de Lampard, a colocar os londrinos definitivamente nas ''meias'' e na rota do FC Barcelona.
Com a desvantagem de dois golos trazida da primeira mão (3-1), o Liverpool não se atemorizou em Stamford Bridge e entrou tão forte no jogo que aos 27 minutos já vencia por 2-0, deixando a passagem às meias-finais à distância de um golo.
O brasileiro Fábio Aurélio, num livre directo matreiro, bateu Petr Cech pela primeira vez aos 19 minutos, antes de Ivanovic, substituto de Bosingwa e inesperado herói da primeira mão, ao marcar dois golos, provocar a grande penalidade que permitiu ao espanhiol Xabi Alonso ampliar para 2-0 (28).
O Chelsea, com Ricardo Carvalho a tempo inteiro e Hilário e Deco no banco, sentiu o golpe e levou algum tempo a reagir e a reposicionar-se em campo, apesar de Guus Hiddink ter lançado Anelka em detrimento de Kalou, pouco depois do segundo golo dos ''reds''.
O intervalo fez bem ao Chelsea, e a entrada de Anelka revelar-se-ia determinante na viragem do resultado, não só pelo lance que originou o primeiro golo dos londrinos, aos 50 minutos, marcado por Drogba.
Seis minutos depois foi Alex, na execução superior de um livre directo, a restabelecer o empate, num jogo louco, de parada e resposta, impróprio para cardíacos.
Quando o Chelsea chegou ao terceiro golo, por Lampard (3-2), a dar o melhor seguimento a um passe de Drogba - presente nos três primeiros golos da sua equipa - pensou-se que a eliminatória estaria definitivamente arrumada.
Mas a ''alma'' desta equipa do Liverpool é imensa e fora do comum, e quando parecia ''encostada às cordas'' renasceu para nova e sensacional viragem no resultado, com a marcação de dois golos que colocaram mais uma vez a equipa a um tento do apuramento (3-4).
Os adeptos do Chelsea só sossegaram quando Lampard, aos 88 minutos, restabeleceu o empate (4-4), a culminar um jogo incrível e digno de uma final.