Itália registou nas últimas 24 horas um forte aumento de casos da covid-19, 1.367 contra os 878 da véspera, atribuído a um número recorde de testes, cerca de 94.000, anunciou o Ministério da Saúde italiano.
De terça-feira para hoje, registaram-se também três vezes mais mortes, 13 contra quatro na véspera, 11 das quais na região de Veneto (norte), região cuja capital é Veneza e que é uma das mais atingidas desde o princípio da pandemia.
Itália totaliza 35.458 mortes e 262.540 casos de infeção pelo novo coronavírus.
As regiões com mais novos casos da doença são a Lombardia (norte), com 269, seguida da Lácio, região da capital, Roma, menos afetada durante o pico da pandemia mas que ao longo do verão tem registado um forte crescimento de casos, com 162 nas últimas 24 horas, 121 dos quais em Roma.
Segundo o conselheiro regional de saúde, Alessio D’Amato, a maioria dos contágios regista-se em pessoas que regressaram de férias noutros países ou regiões, quase metade das quais (45%) estiveram na Sardenha, o novo grande foco da pandemia em Itália.
Regista-se também um importante surto na Toscânia (centro), região cuja capital é Florença, com 161 novos casos nas últimas 24 horas, face a 34 no dia anterior.
Quase dois terços (102) dos novos casos na Toscânia são de pessoas que regressaram de férias, 81 das quais do estrangeiro (Espanha, Grécia, Croácia e Malta) e 21 de outras regiões italianas (18 da Sardenha).
A ilha, popular destino de férias, tinha permanecido praticamente intocada durante a pandemia, mas tornou-se o novo grande foco em Itália com a chegada dos turistas.
Surgido em dezembro na China, o vírus SARS-CoV-2 já fez pelo menos 820 mil mortos e infetou mais de 23,9 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.