O presidente do Inter de Milão, Massimo Moratti, denunciou cânticos racistas de adeptos da Juventus contra Mário Balotelli, durante o jogo de sábado, do campeonato italiano de futebol, e o clube de Turim já pediu desculpas públicas.
Moratti, em declarações publicadas hoje pelo jornal La Gazzeta dello Sport, garantiu que se tivesse estado presente no estádio se deslocaria ao campo e retiraria a sua equipa, como protesto contra os insultos racistas dos adeptos do Juventus visando o jogador negro do Inter de Milão, num jogo que terminou empatado 1-1.
O presidente do Inter lamenta que ''ninguém tenha pedido desculpa'' e assegurou que o que mais lhe custou foi ver como os cânticos ''foram ouvidos em todo o estádio, com uma convicção tal que parecia que havia orgulho e felicidade em cantá-los''.
Criticou também os comentários na comunicação social, que na sua opinião foram ''brandos, para não dizer de absolvição''.
Em relação a Mário Balotelli, um jovem de 18 anos nascido no Gana e adoptado por uma família italiana, o presidente do Inter de Milão manifestou-se convencido de que o jogador, ''continuamente provocado, teve um comportamento muito cívico e demonstrou maturidade''.
O presidente da Juventus, Gionanni Gigli, em comunicado publicado domingo à noite, ''em nome da Juventus e da grande maioria dos seus adeptos'', condena ''severamente os gritos racistas contra o jogador do Inter de Milão Mário Balotelli''.
''Não há desculpas nem justificações para este tipo de comportamentos'', sublinha o presidente do Juventus.
''Devemos em conjunto tentar promover uma cultura desportiva fundada no respeito pelo adversário e na luta contra o racismo'', acrescenta Gigli.
A polícia está a visionar os vídeos do jogo para tentar identificar os responsáveis.