A suspensão por 10 jogos aplicada ao futebolista internacional português Pepe, por diversas agressões a adversários num jogo com o Getafe, foram consideradas demasiado severas pelo Real Madrid e o seu presidente, que se preparam para recorrer.
''É uma barbaridade'', disse o presidente do Real Madrid, Vincente Boluda, depois de conhecida sexta-feira a sanção do Comité de Competições da Federação Espanhola pelas suas agressões a Casquero e Albin, terça-feira, em jogo como Getafe, da 32ª jornada da Liga.
Depois de ter cometido grande penalidade sobre Casquero, aos 87 minutos, Pepe agrediu o adversário, que estava no chão, com pontapés nas pernas e nas costas, deu um murro em Albin e, depois de ser expulso, ainda insultou a equipa de arbitragem.
Este castigo ''não corresponde àquilo que se passou em campo'', disse Boluda ao jornal Marca, segundo o qual o clube se prepara para recorrer da decisão no início da semana, para tentar obter uma redução do castigo do luso-brasileiro.
O Comité de Competições já anunciou que aplicou a sanção no seu grau mínimo.
Boluda acrescentou que esta punição foi condicionada pela ''pressão popular'' e criticou a acção do presidente do Getafe, Angel Torres, que após ao anúncio da pena prosseguiu as suas críticas, considerando ''imperdoável'' a atitude de Pepe e afirmando que o Real Madrid deveria ''rescindir o seu contrato''.
Pepe, 26 anos, que se desdobrou em desculpas após o jogo e deixou uma mensagem a desculpar-se no telefone de Casquero, ainda não se pronunciou sobre o castigo, um dos mais pesados de sempre em Espanha.
Ao antigo jogador do FC Porto, que se transferiu para Madrid em 2007 por 30 milhões de euros, é uma das peças-chave da equipa de Juande Ramos, mas não voltará a jogar esta época e vai falhar o início da próxima.