O Liverpool inicia no sábado a defesa de um título inglês de futebol que lhe custou 30 anos a conquistar, sob a ameaça de Manchester City, Chelsea e, talvez, Manchester United, rejuvenescido desde a chegada de Bruno Fernandes.
O campeonato inglês, o mais ‘excitante’ do Velho Continente, contará com presença portuguesa reforçada, destacando-se, além do médio dos ‘red devils’, a dupla Bernardo Silva/João Cancelo, no rival citadino, e os treinadores José Mourinho (Tottenham) e Nuno Espírito Santo, líder da ‘armada’ lusa do Wolverhampton.
Depois de se ter sagrado campeão na época passada com sete jornadas por disputar e terminado a prova com 18 pontos de vantagem sobre o Manchester City e 33 sobre United e Chelsea, o Liverpool reúne maior favoritismo à revalidação do título, o que conseguiu pela última vez em 1984, numa época que voltará a ficar marcada pela pandemia de covid-19.
Sob a orientação do técnico alemão Jürgen Klopp, os ‘reds’ mantiveram a base da equipa que conquistou o 19.º título inglês (ficou a um do recorde do Manchester United) e venceu a Liga dos Campeões em 2019, mas também se limitou à contratação pouco sonante do defesa grego Kostas Tsimikas.
O Manchester City, no qual o treinador espanhol Pep Guardiola tem sempre dificuldade em encaixar tanto talento num mero ‘onze’ (situação que ‘vitimiza’ também João Cancelo e Bernardo Silva) despediu-se do ‘mágico’ David Silva e Leroy Sane, transferido para o campeão europeu Bayern Munique, reforçando a defesa com Nathan Aké e o ataque com Ferran Torres.
Em contraponto com os dois principais candidatos ao título, na expectativa de assumir idêntico estatuto, o Chelsea foi mais exuberante no mercado de transferências: Hakim Ziyech, Timo Werner, Kai Havertz, Ben Chilwell e mais de 220 milhões de euros (ME) gastos dão nota enfática da ambição dos ‘blues’.
O Manchester United lidera a segunda linha de candidatos, na expectativa de terminar um ‘jejum’ de títulos que dura desde a saída do histórico treinador Alex Ferguson, em 2013, tendo ‘oferecido’ a Bruno Fernandes um precioso auxiliar, o holandês Donny van de Beek, numa equipa que conta ainda com o defesa português Diogo Dalot.
José Mourinho não terá, por isso, tarefa fácil para levar ao Tottenham ao título inglês, que conquistou em 2005, 2006 e 2015, sempre no Chelsea, apoiando-se na capacidade goleadora de Harry Kane para atingir os lugares de acesso à Liga dos Campeões, objetivo para o qual poderá contar também com a ajuda do compatriota Gedson Fernandes.
No Wolverhampton, Nuno Espírito Santo tem ao seu dispor uma ‘legião’ de jogadores portugueses cada vez mais extensa: Fábio Silva, contratado ao FC Porto por um recorde de 40 ME, e Vítor Ferreira, emprestado pelos ‘dragões’, juntam-se a Rui Patrício, Rúben Vinagre, Rúben Neves, João Moutinho, Pedro Neto, Diogo Jota e Daniel Podence.
Arsenal e Leicester, nos quais alinham os internacionais lusos Cédric Soares e Ricardo Pereira, respetivamente, perfilam-se como os mis sérios oponentes de ‘spurs’ e ‘wolves’, numa luta que pode estender-se ao Everton, no qual o português André Gomes pode ser uma pedra importante.
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