As autoridades de saúde moçambicanas lançam hoje um inquérito sero-epidemiológico na cidade da Beira, no centro de Moçambique, visando identificar as áreas de maior exposição à covid-19.
O inquérito sero-epidemiológico na cidade da Beira, a segunda mais importante do país, vai abranger a mais de 6.000 pessoas e espera-se que "ajude o Ministério da Saúde e outros setores a adotar estratégias de combate à pandemia", refere a delegação provincial de saúde de Sofala.
Durante o processo de preparação e sensibilização, realizado no início do mês, as autoridades de saúde identificaram, como os principais grupos de risco, utentes que trabalham e frequentam mercados, e agentes da polícia de trânsito, bem como pessoal do Serviço Nacional de Migração e de parques de estacionamento.
O teste do inquérito epidemiológico indica se a pessoa esteve exposta ou não ao novo coronavírus, mas não refere se está com covid-19 no momento da realização do diagnóstico.
A análise é feita com base numa colheita de sangue da ponta do dedo e fornece o resultado em 15 minutos.
A província de Sofala regista um cumulativo de 51 casos ativos, do total de 6.912 infeções já registadas no país desde o anúncio do primeiro caso, em 22 de março.
As autoridades de saúde contabilizam ainda 44 óbitos e 3.738 (54%) de pessoas dadas como recuperadas, segundo a última atualização.
A Cidade da Beira é a sexta a realizar um inquérito sero-epidemiológico em Moçambique, tendo sido a cidade de Nampula a primeira a realizar o estudo, seguindo-se Pemba, Maputo, Quelimane e Tete, respetivamente.
A pandemia de covid-19 já provocou pelo menos 961.531 mortos e mais de 31,1 milhões de casos de infeção em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.