O Reino Unido registou nas últimas 24 horas 4.044 novas infeções, menos 29% do que na véspera, e mais 17 mortes por covid-19, informou o Ministério do Interior, embora os dados relativos ao fim de semana sejam frequentemente mais baixos.
No domingo tinham sido registados 5.693 novos casos e 17 mortes, mas nos sete dias anteriores tinham sido contabilizados 40.712 novos casos, ou seja, uma média diária de 5.816.
A demora no processo administrativo de registo de óbitos leva a que os números durante o fim de semana sejam repetidamente mais baixos.
O total acumulado desde o início da pandemia covid-19 no Reino Unido é agora de 439.013 de casos de contágio confirmados e para 42.001 óbitos num período de 28 dias após um teste positivo.
Segundo os dados relativos a Inglaterra, foram hospitalizados 245 pessoas infetadas nas últimas 24 horas, pelo que o total de internados é 1.883, dos quais 245 estão a ter assistência de ventilador.
Perante uma aceleração da transmissão do vírus no Reino Unido, o Governo britânico tem vindo a tomar várias medidas e a impor restrições.
Além da proibição já existente de ajuntamentos superiores a seis pessoas, recomendou o teletrabalho e decretou o encerramento de bares e restaurantes às 22:00, assim como a obrigação do uso de máscaras em mais espaços interiores.
Hoje entraram hoje em vigor em Inglaterra novas regras que obrigam por lei qualquer pessoa a ficar em isolamento se testou positivo ou se esteve em contacto com alguém infetado com covid-19, sendo as infrações penalizadas com multas.
As multas variam entre 1.000 libras (1.102 euros), o valor atualmente aplicado a quem não cumpre quarentena após chegar do estrangeiro, e 10.000 libras (11.019 euros), para os reincidentes ou infrações mais graves, incluindo empresas que obriguem os empregados a trabalhar.
Centenas de estudantes universitários foram obrigados a ficar em isolamento nas residências de 30 universidades com surtos de coronavírus, nomeadamente em Manchester, Glasgow, Exeter e Dundee, Belfast e Edimburgo.
Entretanto, o ministro da Saúde, Matt Hancock, revelou no parlamento, durante um debate sobre a pandemia covid-19, que vai ser proibido o convívio de agregados familiares diferentes dentro de casa ou em bares e restaurantes no nordeste de Inglaterra, onde a incidência ultrapassou os 100 casos por 100.000 habitantes.
"Sabemos que um grande número dessas infeções ocorre em espaços interiores, fora de casa. E assim, a pedido das autarquias locais, com as quais temos trabalhado em estreita colaboração, vamos introduzir restrições ao convívio entre famílias em qualquer ambiente", adiantou.