Guus Hiddink, treinador do Chelsea, foi muito cáustico com o árbitro norueguês Tommy Ovrebo, que dirigiu a segunda mão da meia-final da Liga dos Campeões de futebol, ao ponto de falar em ''sensação de roubo'' e ''em injustiça''.
''Agora estou cheio de adrenalina e tenho de me acalmar, pensar friamente e fazer uma análise correcta ao que sucedeu'', disse Hiddink, após o empate 1-1 com o Barcelona que colocou os espanhóis na final após o 0-0 da primeria mão, em Espanha, considerando que o Chelsea fez uma partida ''muito decente e muito táctica''.
Hiddink referiu que por norma, ''dá o benefício da dúvida aos árbitros'', mas no caso do juiz norueguês defende que foi protagonista de ''três ou quatro lances suspceptíveis de penaltis'' que deixou passar sem sanção.
Mesmo assim reconheceu que a sua equipa ''deveria ter materializado as muitas oportunidades de golo que criou'' e que se o tivesse feito ''não se estaria aqui a falar dos penáltis que o árbitro não marcou''.
Entrando em detalhes, lembrou os vários lances em que jogadores do Chelsea caíram na área, nomeadamente aquele em que Malouda ''foi empurrado dentro da área'' e o árbitro assinalou uma falta ''fora da área'', estando ele ''em boa posição para ajuizar'', e fez também referência aos lances de mão na bola de Piqué e Touré que deveriam ter sido ''sancionados em conformidade''.
''Nunca vi uma actuação pior do que esta a um árbitro em toda a minha carreira'' desabafou Hiddink, mostrando-se conformado, pois o ''futebol é assim'' e todos ''cometem erros, os treinadores, os jogadores e os árbitros'' e que ''há que respeitar'', mas considerou não ser normal que se deixe de marcar um penálti ''quando existem três ou quatro situações para tal''.
Hiddink não quis entrar na ''teoria da conspiração'' por parte da UEFA, sustentada por alguma imprensa inglesa, segundo a qual a organização máxima do futebol europeu não pretendia ver novamente duas equipas inglesas na final da Liga dos Campeões, como aconteceu no ano passao, precisamente com Chelsea e Manchester >United.
O treinador holandês, para quem tais acusações ''são duras e impossíveis de comprovar'', qualificou o ambiente vivido no balneário do Chelsea no final do jogo como de ''decepção e indignação'', decorrente da sensação de terem sido ''roubados'' e de que ''se cometeu uma injustiça''.
Desculpou Drogba pela sua reacção emocional no final do jogo, ao gesticular e gritar para o ábitro que ''foi uma vergonha'', visto que ''os nervos estavam à flor da pele'' depois de um jogo tão emocionante.