A Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP) delineou um plano de três fases para o regresso do público aos estádios, que tem início no sábado com o jogo da I Liga entre Santa Clara e Gil Vicente.
A diretora executiva da LPF, Sónia Carneiro, disse hoje, em Coimbra, numa conferência de imprensa no Estádio Cidade de Coimbra, que o plano, sujeito à evolução da pandemia da covid-19, envolve vários testes pilotos, distribuídos por três fases, num processo "que se quer evolutivo".
A primeira fase, que tem início já no próximo sábado com o jogo Santa Clara-Gil Vicente, com a possibilidade de registar uma assistência de 1.000 pessoas, num estádio com capacidade para 10 mil espetadores.
Numa segunda fase, a LPFP pretende uma assistência máxima de 2.500 pessoas, sem ocupar 20% da capacidade do estádio e, numa terceira fase, 5.000 pessoas sem ultrapassar uma ocupação de 30% do estádio.
"Depois destes testes piloto, o objetivo é conseguirmos a ocupação, de pelo menos, 30% das bancadas de todos os estádios", salientou Sónia Carneiro.
Segundo Sónia Carneiro, os testes pilotos vão permitir à LPFP concluir, em termos de público dos clubes, a forma como chegam aos estádios e os circuitos de acesso e a sinalética que é necessário implementar.
"Sentimos que podemos fazer estes testes e que, seguramente, os faremos com sucesso, porque falamos repetidamente com colegas de outras ligas que já as experimentaram e conseguiram mostrar um comportamento adequado do público", frisou.
Presente na conferência de imprensa, o pneumologista Filipe Froes, coordenador do gabinete de crise da covid-19 da Ordem dos Médicos e consultor da LPFP, salientou: "se queremos dar exemplos de cidadania e responsabilidade individual e coletiva termos de dar essa oportunidade dos adeptos o poderem demonstrar".
Para o médico, a presença de público nos estádios é um "teste à cidadania, responsabilidade individual e coletiva" no combate à pandemia da covid-19, em que todos têm "responsabilidade individuais e coletivas" perante os outros.