O treinador de futebol do Benfica, Quique Flores, afirmou hoje que no final da época vai fazer um balanço dos aspectos “visíveis e invisíveis” e decidir se é melhor continuar ou dar lugar a um outro projecto.
“Faltam três jogos para fazer um resumo final, sério e frontal. Os objectivos eram ficar entre os dois primeiros, mas falaremos também de objectivos invisíveis, como a formação de jovens jogadores. Existem muitas coisas para falar e penso que o Benfica melhorou muito em vários aspectos que são invisíveis no dia-a-dia”, disse.
Na habitual conferência de lançamento da jornada da Liga, na qual o Benfica, terceiro classificado, recebe o penúltimo Trofense, o técnico espanhol referiu que no final da temporada vai fazer um balanço e explicou que a decisão será tomada “sem traumas”.
“Desde que estou em Portugal a minha relação é muito clara com todo o mundo. Sou uma pessoa muito frontal, tenho uma boa relação com as pessoas do Benfica e não quero traumas. No final da época falamos e tomamos uma decisão, sem trauma nenhum: ou seguir em frente ou dar lugar a outro projecto. Temos que fazer o melhor possível nos últimos jogos e fazer contas no final, ao visível e ao invisível”, disse.
Em relação ao jogo de sábado com o Trofense, na Luz, Quique Flores considerou que a equipa tem de entrar concentrada para conseguir vencer.
“As equipas que jogam com o Benfica jogam ao máximo nível, porque é um grande estádio e tudo o que possam fazer de positivo é importante para o seu futuro. Nós vamos tentar ter bola, conseguir ocasiões e fazer um bom resultado”, adiantou.
“Ou fazemos um jogo sério e motivado, com concentração, ou teremos problemas. Devemos dar ao nosso público uma boa exibição e não podemos subestimar o rival. Os erros dos últimos jogos foram causados por faltas de concentração pontuais”, acrescentou.
O técnico defendeu também que a equipa tem passado por uma fase complicada desde que ganhou a final da Taça da Liga, com resultados negativos, e admitiu que dará os parabéns ao FC Porto quando este conquistar o título.
“Vamos esperar e, se for campeão, vamos dar os parabéns, pois somos uma equipa de cavalheiros. Hoje podíamos ter seis ou oito pontos mais. Houve jogos em casa que não podíamos perder”, afirmou.
Em relação à continuidade, ou não, de José Antonio Reyes, emprestado pelo Atlético de Madrid, Quique Flores lembrou que o treinador não é fundamental para o desfecho da operação, mas lembrou que o médio espanhol foi um jogador “desequilibrante”.
A terminar, o técnico comentou também as criticas do ex-jogador do Benfica Léo: “Quanto ao Léo, é fácil falar sobre isso, mas não vou perder tempo com uma pessoa que mostrou ser medíocre. Tenho muitos dados para falar, ele foi pouco inteligente, mas prefiro que o Benfica fique com a imagem de um jogador que jogou duas épocas e fez o melhor possível”.