O surto de covid-19 na Rússia continua a crescer rapidamente, tendo o Kremlin avançado hoje que foram detetados mais de 9.000 novos casos nas últimas 24 horas, mas rejeitado a adoção de um segundo confinamento.
Os 9.412 novos casos registados hoje elevam o total do país para mais de 1,19 milhões de infetados e marcam o maior aumento desde o final de maio.
A Rússia tem atualmente o quarto maior número de casos de covid-19 no mundo, tendo, até agora, contabilizado mais de 21.000 mortes.
Apesar dos números, a Rússia não está a ponderar voltar a um confinamento, garantiu hoje o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov.
Em Moscovo, a região mais afetada no país e que tem registado mais de 2.000 novos casos por dia desde segunda-feira, as autoridades recomendaram que os idosos se isolassem em casa e prolongaram as férias escolares em uma semana.
Já na quinta-feira, o número de casos detetados chegava a quase 9.000, quase o dobro do que as autoridades de saúde registavam no final de agosto.
A Rússia foi o primeiro país do mundo a aprovar uma vacina contra o novo coronavírus, em agosto.
O anúncio sobre a vacina Sputnik V foi criticado por muitos especialistas a nível global porque os testes só foram efetuados em algumas dezenas de pessoas, sendo ainda necessário proceder-se a mais estudos antes de se estabelecer a substância como uma vacina segura e eficaz.
A pandemia de covid-19 já provocou mais de um milhão de mortos e mais de 34 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
Os Estados Unidos são o país com mais mortos (207.808) e também com mais casos de infeção confirmados (mais de 7,2 milhões).
Seguem-se, em número de mortos, o Brasil (144.680 mortos, mais de 4,8 milhões de casos), Índia (99.773, quase 6,4 milhões de infetados), México (78.078, mais de 748 mil infetados) e Reino Unido (42.202 mortos, mais de 460 mil casos).
A Rússia é o quarto país do mundo em número de infetados, depois de EUA, Índia e Brasil, com mais de 1,1 milhões de casos, seguindo-se a Colômbia, com mais de 835 mil casos e 26.196 mortos, e o Peru, com mais de 814 mil casos e 32.463 mortos.
Na Europa, o maior número de vítimas mortais regista-se no Reino Unido (42.202 mortos, mais de 460 mil casos), seguindo-se Itália (35.918 mortos, mais de 317 mil casos), França (32.019 mortos, mais de 577 mil casos) e Espanha (31.973 mortos, mais de 778 mil casos).
Portugal contabiliza 1.977 mortos em 76.396 casos de infeção.