Um idoso que recebia apoio domiciliário do lar da aldeia de Manigoto, Pinhel, que testou positivo à covid-19, morreu hoje no hospital da Guarda, onde se encontram internados mais dois utentes, de um total de 14 infetados.
O presidente da Câmara Municipal de Pinhel, Rui Ventura, adiantou hoje à agência Lusa que na Estrutura Residencial para Pessoas Idosas (ERPI) do Centro Social do Manigoto estão infetados “14 utentes e quatro funcionárias”.
Segundo o autarca, um utente que beneficiava do apoio domiciliário da instituição, cuja idade não soube precisar, faleceu hoje com covid-19 no Hospital Sousa Martins (HSM) da Guarda, onde estava internado.
Rui Ventura adiantou que dois dos 14 utentes da ERPI que estão infetados permanecem internados no HSM desde segunda-feira e os restantes 12, que estão assintomáticos, encontram-se nas instalações da instituição de apoio à terceira idade.
“É uma situação preocupante porque a média de idades no lar é de 93 anos”, disse o autarca.
Rui Ventura acrescentou que “o problema que agora se coloca” à Câmara Municipal de Pinhel e à Segurança Social é “terem de encontrar uma solução” para conseguirem recursos humanos que assegurem o funcionamento da instituição, devido à infeção de quatro das oito funcionárias.
O Centro Social do Manigoto “tem casas recuperadas para residências, que será para onde irão os utentes à medida que os testes derem negativo”, adiantou.
Segundo Rui Ventura, o concelho de Pinhel, no distrito da Guarda, possui neste momento 70 casos de infetados com o novo coronavírus.
O responsável diz que a situação no município, que está a ser acompanhada pela autarquia e pelas autoridades de saúde, “não é alarmante” e que estão a ser feitos diariamente cerca de 50 testes de despistagem.
A pandemia de covid-19 já provocou mais de um milhão e oitenta e sete mil mortos e mais de 38,2 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
Em Portugal, morreram 2.117 pessoas dos 91.193 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
Depois de a Europa ter sucedido à China como centro da pandemia em fevereiro, o continente americano é agora o que tem mais casos confirmados e mais mortes.