Sporting e FC Porto empataram hoje 2-2 no Estádio José Alvalade, em jogo da quarta jornada da I Liga de futebol, num primeiro ‘clássico’ da temporada marcado por muitas estreias, emoções fortes e incerteza até ao fim.
Após os ajustes do mercado de transferências e a pausa para os compromissos das seleções, a expectativa recaía nas ‘novidades’ que o duelo entre leões e dragões poderia trazer.
Assim, o Sporting, orientado por Rúben Amorim, entrou com seis caras novas em relação à época passada – Adán, Feddal, Porro, Pedro Gonçalves, João Palhinha e Nuno Santos -, enquanto o FC Porto, de Sérgio Conceição, foi mais contido e apostou de início apenas no ‘reforço’ Zaidu.
Ainda o jogo não tinha completado um minuto e já Adán brilhava com uma defesa difícil para travar um livre ‘traiçoeiro’ de Sérgio Oliveira. Os campeões nacionais denotaram grande intensidade e personalidade nos primeiros minutos, empurrando os anfitriões para a sua defesa, mas foi precisamente contra essa tendência que o Sporting acabou por inaugurar o marcador.
Depois de ver Marchesín negar o golo a Matheus Nunes, a equipa ‘leonina’ chegou mesmo à vantagem na jogada seguinte, aos oito minutos, com Nuno Santos a finalizar de primeira e em força ao segundo poste, sem que o guardião portista conseguisse evitar o ‘tiro’. O golo foi um ‘bálsamo’ de tranquilidade para os jovens ‘leões’, que passaram a exibir um futebol muito prático e objetivo em saídas rápidas para o ataque.
No entanto, o FC Porto não se desuniu perante a adversidade e Uribe e Luís Diaz estiveram ambos perto de marcar o golo que chegaria somente aos 25 minutos. Ao cruzamento perfeito de Zaidu, Uribe surgiu a rematar de primeira de pé esquerdo no coração da área, assinando o empate com um golo vistoso.
A igualdade serenou um pouco o ritmo do encontro, que voltaria a atingir um pico em cima do intervalo. Primeiro, com o 2-1 para o FC Porto, por Corona, que aproveitou a sobra de um lance individual de Luís Diaz e mostrou arte e engenho para enganar Adán.
Depois, já nos descontos, o árbitro Luís Godinho marcou grande penalidade sobre Pedro Gonçalves e expulsou Zaidu, com segundo amarelo, mas reverteu as decisões, alertado pelo VAR, após ver as imagens televisivas junto ao campo.
Na sequência desta decisão, o técnico ‘leonino’, Rúben Amorim, foi expulso do banco devido a protestos, surgindo logo a seguir o apito para o intervalo.
Com o marcador do seu lado, o FC Porto mostrou-se mais frio e competente na gestão dos espaços e não permitiu tantas investidas ao Sporting como havia consentido durante o primeiro tempo. O Sporting era agora uma equipa menos perigosa, apesar de até ter aparentemente mais posse de bola, só que inconsequente e inofensiva.
Da bancada, Rúben Amorim ia sofrendo e gritando para o campo sem sinal de resposta. Contudo, a melhor resposta deu-se logo aos 56 minutos com a entrada de Vietto, que viria a revelar-se decisiva para as contas do desafio, já que foi o avançado argentino a marcar o golo do empate aos 87 minutos, na sequência de uma jogada de insistência do ataque ‘leonino’.
O clássico teve ainda espaço para as estreias de Toni Martinez, Felipe Anderson e Nanu entre os ‘dragões’, bem como de João Mário pelo Sporting. Nos derradeiros minutos, o jogo partiu-se por completo e podia ter caído a favor de qualquer uma das equipas, mas o equilíbrio acabou por ser a nota dominante e prevaleceu, com justiça, no empate final.
Com este resultado, Sporting e FC Porto somam ambos sete pontos ao fim de quatro jornadas, embora os ‘leões’ tenham um jogo em atraso. Na frente da I Liga continua o líder Benfica, com nove pontos, que pode dilatar este domingo a vantagem na partida com o Rio Ave.
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