A pandemia de covid-19 está a provocar uma redução de 80% na circulação de pessoas nas fronteiras moçambicanas, de acordo com os mais recentes dados do Serviço Nacional de Migração (Senami) consultados hoje pela Lusa.
Um total de 20.909 entradas e saídas foram registadas na semana entre 10 e 16 de outubro, contra 102.306 em igual período de 2019.
Apesar do cenário, causado pelas restrições para prevenção da covid-19, o alívio de algumas medidas está a permitir uma retoma gradual.
Na mesma semana, a fronteira com a África do Sul em Ressano Garcia, a pouco mais de 100 quilómetros de Maputo, liderou a circulação (como habitual) com 5.140 passagens, seguida do posto de Zóbué com o Maláui na província de Tete (interior centro de Maputo) com 1.724 e Machipanda (fronteira com Zimbábue) na província central de Manica, com 1.360.
Na mesma semana de 2019, a travessia mais procurada, Ressano Garcia, registava 29.800 passagens.
Por contraste, aumentou o número de deportações para Moçambique.
Entre 10 e 16 de outubro deste ano, a África do Sul deportou para Moçambique 234 pessoas (entre as quais 21 mulheres e quatro menores) por imigração ilegal e outras infrações, contra 91 pessoas na mesma semana de 2019.
A pandemia de covid-19 foi declarada há sete meses e Moçambique registou 81 mortos entre um total acumulado de 11.559 casos, 80% dos quais já recuperados - sendo que o país já realizou 175.870 testes.