Dois golos de Pizzi e um Waldschmidt deram hoje a vitória ao Benfica na receção aos belgas do Standard de Liège (3-0), em jogo da segunda jornada do grupo D da Liga Europa de futebol.
Depois do nulo ao intervalo, foi através de duas grandes penalidades que os ‘encarnados’ se adiantaram no marcador. Primeiro Pizzi, aos 49 minutos, e depois Waldschmidt, aos 66. O capitão do Benfica 'selou' o resultado, aos 76 minutos.
Com esta vitória simples, num jogo com pouca exigência, o Benfica divide a liderança do grupo D, com seis pontos, com o Rangers, que hoje venceu os polacos do Lech Poznan, por 1-0. As duas próximas jornadas – agendadas para 05 de novembro, na Luz, e 26, em Glasgow – serão determinantes para decidir o primeiro lugar do grupo.
A recente lesão de Grimaldo (entorse no tornozelo esquerdo) obrigou o treinador Jorge Jesus a mexidas adicionais no setor defensivo, colocando no flanco esquerdo o jovem Nuno Tavares. Contudo, diante dos belgas, o treinador procedeu a uma autêntica revolução na equipa inicial, em comparação com a receção ao Belenenses (vitória por 2-0), na quinta jornada da I Liga.
Assim, no lado direito da defesa, Diogo Gonçalves substituiu Gilberto, Pedrinho ocupou o lugar que foi de Rafa. Pizzi e Gabriel formaram a dupla de médios – por troca com a de Weigl e Taarabt – e Waldschmidt voltou ao onze, relegando Seferovic para o banco.
Consciente da diferença de argumentos entre as duas equipas, o treinador do Standard de Liège, Philippe Montanier, montou uma estratégia muito defensiva, com 10 jogadores atrás da linha da bola.
A coesão, termo diversas vezes repetido por Philippe Montanier na conferência de imprensa de antevisão, era a palavra de ordem dos belgas, que encostaram a linha de meio-campo à linha defensiva. Isto encurtou os espaços e anulou a criatividade de Everton.
Na primeira parte, o Benfica foi vivendo das iniciativas de Nuno Tavares. Sendo que o primeiro remate surgiu por intermédio de Pedrinho, aos 14 minutos, seguido do de Everton, aos 16, mas em ambos o guarda-redes Arnaud Bodart segurou a bola. O nulo ao intervalo premiava os belgas pelo bom trabalho defensivo.
No regresso do público ao Estádio da Luz (4.785 espetadores), sete meses depois, o domínio dos ‘encarnados’, nunca foi colocado em causa, mas também não se traduziu num caudal ofensivo avassalador.
A entrada de Rafa no início da segunda parte, para o lugar de Pedrinho, visou dar mais velocidade ao meio-campo do Benfica, mas o golo acabaria por surgir aos 49 minutos por intermédio de Pizzi, na conversão de uma grande penalidade, a castigar falta de Bokadi sobre Waldschmidt.
Os belgas procuraram inverter a tendência do jogo, mas o Benfica pressionava logo o portador da bola, ainda assim, Vanheusden teve nos pés a oportunidade de igualar a partida, na sequência de um canto cobrado por Amallah, mas Vlachodimos defendeu.
A Luz voltaria a saltar aos 66 minutos, quando Waldschmidt, também de grande penalidade, após falta de Fai sobre Nuno Tavares, bateu Arnaud Bodart.
Os ‘encarnados’ continuaram a pressionar o Standard de Liège e, aos 76 minutos, Pizzi bisou na partida, depois de receber a bola de Seferovic, com um remate em jeito no coração da área, levando a bola a passar por cima dos centrais e anichar-se na baliza de Bordard, que não teve qualquer hipótese.
Até ao final, destaque para a estreia de Gonçalo Ramos na equipa principal esta temporada, que rendeu Pizzi, e para o erro do árbitro francês François Letixier, que considerou que, aos 86 minutos, Diogo Gonçalves fez falta fora da grande área do Benfica sobre Nicolas Gavory, quando na realidade foi dentro.