O Sporting despediu-se hoje dos adeptos batendo o Nacional (3-1), mas os insulares, que obtiveram a sua melhor classificação de sempre (quarto) e tiveram no seu avançado Nené o melhor marcador da Liga de futebol, é que tiveram mais razões para comemorar.
Uma “bomba” do brasileiro, aos 11 minutos, contrariou o “bis” do compatriota Derlei (quatro e sete minutos), que tinha dado vantagem aos da casa, e aumentou para 20 o número de tentos obtidos no principal campeonato luso, enquanto o argentino Romagnoli, de penalti, estabeleceu o 3-1 final, já nos descontos.
O avançado brasileiro do Sporting Liedson, hoje em “branco” e com 17 golos, viu-se assim relegado para o terceiro posto dos ''homens-golo'', atrás do paraguaio do Benfica Cardozo, com os mesmo 17, mas apenas 15 partidas completas.
O Nacional confirmou também o quarto lugar na prova, já que o Sporting de Braga não foi além de um empate (1-1) na visita ao tetracampeão FC Porto.
Com uma extensa lista de ausentes por lesão ou castigo, o treinador Paulo Bento colocou os “leõezinhos” Cedric, Diogo Amado, Renato e Rabiu como suplentes e o defesa central Carriço no meio-campo, juntamente com Adrien, Yannick e Romagnoli, a alimentar a veterana dupla Derlei-Liedson.
Manuel Machado, com o plantel quase todo disponível, não abdicou dos avançados Nené e Mateus, apoiados por Ruben Micael, enquanto o médio mais recuado, Felipe Lopes, tinha a missão de ajudar os centrais Cléber e Maicon nas tarefas defensivas.
Preocupados em cobrir Liedson, na corrida pelo estatuto de melhor marcador, os nacionalistas por duas vezes descuidaram a vigilância a Derlei e, em quatro minutos, o “Ninja” foi letal.
Com quatro minutos jogados, Pereirinha, a actuar como lateral direito, cruzou para o primeiro poste e Derlei “mergulhou” sozinho para inaugurar o marcador de cabeça.
No minuto sete, novamente Derlei, após cruzamento de Ronny e assistência de cabeça de Liedson, surgiu ao segundo poste a “encostar” para o 2-0, contestado pelos adversários por alegado fora-de-jogo, mas sancionado pelo árbitro, apesar das dúvidas partilhadas com o seu auxiliar.
Contudo, quatro minutos volvidos, Nené, na cobrança de um livre directo e frontal, a 35 metros da linha de golo, resolveu a questão do máximo goleador, com um “petardo” ao ângulo superior esquerdo da baliza de um impotente Rui Patrício.
Numa partida discutida pelas faixas e com o Sporting a optar invariavelmente por servir Liedson, o Nacional aproveitou as previsíveis movimentações contrárias para dominar a posse de bola.
Mateus e Leandro estiveram muito perto de empatar a partida, embora Derlei, após excelente trabalho de Romagnoli e Yannick, também tivesse podido marcar o seu terceiro golo, num raro contra-golpe que não passou por Liedson.
Na segunda parte, as equipas mostraram-se ainda mais descontraídas, em regime de final de temporada e sem preocupações classificativas, produzindo numerosas ocasiões de golo em ambas as áreas: Nené voltou a alvejar a baliza contrária, noutro potente remate, e Derlei falhou uma “bicicleta” por pouco.
Só a um quarto-de-hora do fim Liedson teve uma oportunidade soberana para marcar, mas de ângulo fechado, a “trivela” saiu ao lado da baliza defendida por Bracali, pouco antes de se lesionar e ser ovacionado de pé a caminho dos balneários.
Com os “alvi-negros” a tentarem o empate, um dos ataques rápidos dos “leões” surtiu finalmente efeito, já nos descontos, e o brasileiro Tiuí “cavou” uma grande penalidade e o argentino Romagnoli estabeleceu o resultado final de 3-1.