O treinador Jesualdo Ferreira considerou hoje que o FC Porto foi uma equipa “dispersa” na despedida da Liga de futebol frente ao Sporting de Braga (1-1), mas depois dos festejos do título quer a equipa novamente concentrada para a final da Taça de Portugal.
“A partir de segunda-feira vamos para um jogo (Paços de Ferreira), provavelmente bem mais difícil, porque se trata de uma final, um título, uma Taça que queremos ganhar. Queremos encerrar a época com duplo título, algo justo, fundamentalmente para jogadores. Premiava o esforço e união de uma época inteira”, disse.
Para o Jamor, Jesualdo Ferreira considera que a equipa se vai apresentar bem: “embora desgastada, está em condições de chegar à final, fazer um bom jogo e ganhar”.
“Mas temos de jogar melhor do que hoje, voltar a pôr os pés no chão, pois hoje estivemos muito fora dos nossos processos em grande parte do jogo”, avisou, admitindo que o ambiente de festa fez com que a sua equipa estivesse “dispersa e pouco concentrada na primeira parte”.
O jogo com os bracarenses foi analisado sucintamente: “Na primeira parte não conseguimos o controlo do jogo, da bola. Fizemos um golo provavelmente imerecido, tal como no lance do golo do Braga, que teve ainda uma grande ocasião. No segundo tempo, o FC Porto foi mais agressivo e compacto, com controlo de bola e espaços e com ocasiões para poder ganhar. O resultado é justo, mas se o FC Porto ganhasse pelo que fez na segunda parte seria inteiramente merecido”.
“Está encerrado o campeonato, com uma vitória justa, algo reconhecido por todos os adversários directos e imprensa”, congratulou-se.
Jesualdo Ferreira lembrou as dificuldades que teve este ano para construir uma equipa que absorveu seis reforços na equipa titular.
“Tratava-se de jogadores que nunca tinham sido campeões, com rotinas ou exigências e responsabilidades do FC Porto. Dar-lhes uma imagem do carácter, grande intensidade a treinar e jogar, capacidade de resistir, robustez mental para resistir a pressa. Coisas que demoram algum tempo. Jogadores queimaram algumas etapas no seu desenvolvimento”, disse.
Quanto ao seu futuro no FC Porto - poderá vir a ser o primeiro treinador português a estar quatro anos consecutivos no clube -, apenas disse que “no momento certo a situação será clarificada”.