O candidato à presidência do Sporting José Eduardo Bettencourt revelou esta terça-feira, numa sessão de esclarecimento aos sócios, no estádio José Alvalade, que o passivo total do clube é de cerca de 360 milhões de euros.
O candidato explicou que essa verba total corresponde a ''244 milhões de passivo bancário'', ou seja, de receitas remuneradas, ''a 70 milhões de passivo não remunerado'', isto é, de receitas antecipadas, e ''a 41 milhões de passivo corrente, de dívidas a fornecedores e tesouraria''.
Quanto à dívida mais relevante, de 244 milhões de euros à Banca, Bettencourt referiu que ''há 14 milhões (de encargos anuais) que são uma barbaridade'' e que a reestruturação que a sua lista propõe fazer - e que será ''completamente pacífica'' - permitirá passar o valor desses encargos para oito milhões anuais.
''Esse objectivo permitirá aliviar o clube de uma carga da qual daqui não sai'', referiu o candidato, para quem o clube ''está mais equilibrado na exploração de todas as vertentes de negócio'', situando-se os custos e as receitas ''ela por ela''.
Em relação aos 70 milhões de passivo não remunerado, Bettencourt disse não poder ''somar empréstimos'' onde paga ''juros mais adiantamentos por conta de contratos'' que tem a receber e que são ''receitas antecipadas'', razão pela qual conclui que ''esses 70 milhões não são encargos para o Sporting''.
Bettencourt considerou ainda que o ''adiamento do projecto de reestruturação financeira'' significou ''uma perda de quatro anos'' e que não é com ''dilatação de prazos ou renegociação de ''spreads'' que se reestrutura'' - a menos que se dê o caso de ''aparecer um Abramovich a pagar isto tudo'', ironizou.