O número de hospitalizações devido à covid-19 atingiu um novo máximo (194) no mês de outubro em Moçambique, concentradas na capital, Maputo, segundo a mais recente análise epidemiológica publicada pelo Instituto Nacional de Saúde (INS).
O recurso às unidades de saúde aumentou, apesar de ter havido uma descida do total mensal de casos registados de infeção por covid-19, de 4.812 em setembro para 4.141 em outubro.
O número de óbitos por mês desceu também de 38 em setembro para 31 em outubro, com a taxa de letalidade a fixar-se em 0,7%.
Os internamentos em Moçambique mantiveram-se na casa dos 30 até agosto, mas em setembro dispararam para 160 motivando alertas das autoridades para os riscos que a subida implica num sistema de saúde pública fragilizado.
Os idosos continuam a representar "a faixa etária predominante entre os internados e óbitos" pela infeção com o novo coronavírus", refere-se na análise epidemiológica.
A taxa de letalidade para maiores de 60 anos é de 6,3%, seguindo-se o grupo dos 50 aos 59 anos com 2,3%, sendo inferior a 0,7% nas restantes faixas etárias.
O país regista um total acumulado de 13.130 casos - 79% dos quais recuperados - e 94 mortes.
Desde que foi declarada a pandemia, Moçambique realizou 191.353 testes a casos suspeitos, com o total de testes a aumentar todos os meses, alcançando 56.743 em outubro.
O país encontra-se em estado de calamidade com alívio progressivo de restrições desde agosto, entre as quais o regresso às aulas presenciais nas escolas, retoma de atividades desportivas e reativação da emissão de vistos turísticos.
No entanto, as autoridades recomendam o uso permanente de máscara fora de casa e o cumprimento das restantes medidas de proteção, como o distanciamento social e lavagem frequente das mãos.