O movimento "Sem adeptos, não há futebol" criticou hoje as "decisões discriminatórias" de prevenção sanitária do governo para com a modalidade e pediu uma audiência "urgente" com o secretário de Estado da Juventude e do Desporto.
"Tendo em conta as últimas decisões governamentais relativamente à presença de público em eventos culturais e desportivos, que considera discriminatórias para com o futebol, o movimento pretende apresentar as suas propostas", refere o movimento, em comunicado.
O movimento pretende apresentar ao secretário de Estado da Juventude e do Desporto, João Paulo Rebelo, medidas que "visam o regresso dos adeptos aos estádios nacionais, o regresso à competição dos escalões de formação e a aplicação da nova legislação relativa ao ‘cartão do adepto'".
"Queremos, com a maior brevidade possível, trabalhar em conjunto com o objetivo de defender esta grande paixão de milhões de portugueses. Temos propostas concretas e temos forma de as concretizar. Não podemos parar, sob pena de não haver futebol dentro de pouco tempo", explicou Paulo Lopo, ex-presidente da SAD do Leixões e promotor do movimento de adeptos.
Na mesma nota, o movimento "Sem adeptos, não há futebol" assegurou todas as propostas que pretende apresentar "estão de acordo com as regras impostas pela DGS [Direção-Geral da Saúde], tendo por base um sistema equitativo com outras expressões desportivas e culturais".
A pandemia de covid-19 já provocou mais de 1,2 milhões de mortos em mais de 48,7 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
Em Portugal, morreram 2.792 pessoas dos 166.900 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.