A Itália registou 25.271 novas infeções pelo novo coronavírus nas últimas 24 horas, um número inferior face aos indicadores dos últimos dias, divulgaram hoje as autoridades italianas, esclarecendo, porém, que foram realizados menos testes.
Este número diário de novos contágios representa um decréscimo bastante expressivo quando comparado com os quase 40.000 casos notificados na passada sexta-feira.
No entanto, e como tem sido verificado em todas as segundas-feiras, o número de testes de diagnóstico realizados durante o período de fim de semana é sempre menor.
Os dados fornecidos pelo Ministério da Saúde italiano dão conta hoje da realização de 147.725 testes de diagnóstico, quase menos de 100 mil testes em relação aos indicadores de sexta-feira.
Em termos totais, e desde o início da crise da doença covid-19 no país, em 21 de fevereiro, quase um milhão de pessoas, 960.373, ficaram infetadas pelo novo coronavírus.
Com a contabilização de 356 novas vítimas mortais associadas à covid-19 nas últimas 24 horas, o número total de mortes registadas no país desde fevereiro sobe para 41.750.
Em termos dos casos positivos que estão atualmente ativos em Itália, as autoridades apontam para 573.334, dos quais a grande maioria são doentes que estão nas respetivas casas com sintomas ligeiros da doença ou estão assintomáticos.
Apesar desta maioria, a pressão sobre os hospitais italianos continua a aumentar, com o registo de 30.485 pessoas hospitalizadas (mais 1.296 em relação ao dia anterior), das quais 2.849 estão em unidades de cuidados intensivos (mais 100 em comparação ao dia anterior).
As regiões que registam mais casos de infeção pelo novo coronavírus são a Lombardia (norte), o epicentro da pandemia no território italiano desde o início da crise sanitária, com 4.777 novos casos nas últimas 24 horas, seguindo-se a Campânia (sul) com 3.120 novos casos e Piemonte (norte), com 2.876 novos casos.
Está em vigor no país um recolher noturno obrigatório e várias atividades estão encerradas, como cinemas, teatros, museus, piscinas, ginásios e salas de espetáculos, para tentar travar a progressão da atual segunda vaga da doença covid-19.
Até à data, quatro regiões do país - Lombardia, Piemonte, Vale de Aosta e Calábria - foram designadas pelo Governo italiano como ‘zonas vermelhas’ e colocadas sob confinamento “suave”, com restrições à deslocação para fora da região, e saída de casa, exceto por razões de trabalho, compras, saúde ou emergências.
Perante os indicadores diários, o presidente da Federação Nacional de Médicos, Filippo Anelli, apelou ao executivo para que avance para um confinamento a nível nacional, de forma a aliviar a pressão sobre os hospitais.
Entretanto, Itália expressou satisfação, mas também cautela, face ao anúncio das farmacêuticas norte-americana Pfizer e alemã BionNTech de que a sua vacina se mostrou eficaz contra a covid-19 em 90% dos casos testados.
“As notícias sobre a vacina são animadoras, mas é preciso muita prudência. A investigação científica é a verdadeira chave para superar a emergência. Por enquanto, o comportamento individual de cada um é fundamental”, afirmou o ministro italiano da Saúde, Roberto Speranza.
A pandemia da doença covid-19 já provocou pelo menos 1.255.803 mortos e mais de 50,3 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
A doença é transmitida por um novo coronavírus (SARS-Cov-2) detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.