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Angola: Manuel José apenas promete lutar para ganhar todos os jogos

O treinador português Manuel José, contratado ao Al Ahly, prometeu hoje apenas que vai tentar ganhar todos os jogos, na conferência de imprensa de apresentação como novo seleccionador angolano de futebol.

O primeiro teste, e seguramente um dos mais importantes para Manuel José, vai ser o Campeonato Africano das Nações (CAN), que em 2010 terá lugar em Angola e no qual todo o país tem a esperança que o futebol angolano triunfe.

Numa conferência imprensa que assinalou o início da sua actividade à frente dos destinos da selecção angolana, num contrato de dois anos, renovável, Manuel José disse ter aceite o convite para dirigir os “Palancas Negras” por ter sido uma “escolha do povo angolano”.

“Foi isso que me convenceu a aceitar este desafio. É muito aliciante estar aqui e poder estar em Janeiro no CAN e procurar fazer um trabalho que não defraude as expectativas que as pessoas depositaram nesta minha contratação”, salientou Manuel José.

O ex-treinador da equipa do Al Ahly, do Egipto, pediu a colaboração da imprensa angolana, defendendo uma relação “colaborante e profissional, que resulte num apoio constante à selecção de Angola”, de forma a criar “um clima agradável” e de “optimismo moderado”.

“O importante é que todos sejamos optimistas, mas que não tenhamos muita pressão em cima da equipa. Estou convencido de que deveremos chegar à hora certa com uma equipa perfeitamente formada, para podermos jogar olhos nos olhos seja contra quem for”, frisou.

Segundo o novo seleccionador de futebol de Angola, a filosofia continuará a ser a “de sempre”, a de “tentar ganhar todos os jogos” em que o país participar, embora reconheça que existem dificuldades inerentes ao trabalho de selecção versus clubes.

“Num clube trabalhamos diariamente e é muito mais fácil e rápido formar uma equipa. A transmissão da minha forma de pensar o futebol, de estar no futebol, da forma como quero que a equipa jogue, da forma como é que em termos de mentalidade competitiva os jogadores encaram os jogos, é muito mais fácil transmitir num clube, do que numa selecção”, explicou.

Manuel José reconhece, assim, que numa selecção as coisas são mais “esporádicas”, mas manifesta-se convicto de que, com a sua experiência e conhecimento nos 47 anos de futebol, 32 dos quais como treinador, e com a experiência que tem de África, “será mais fácil” dirigir o conjunto angolano.

“Estou acima de tudo motivado, entusiasmado e orgulhoso por estar aqui. Não prometo coisa nenhuma porque no futebol não se podem fazer promessas. No futebol, tudo é falível. Ainda ontem (domingo) aquilo que aconteceu com o Santos Futebol Clube e o Al Ahly (os angolanos derrotaram os campeões egípcios com surpresa geral na Taça CAF) foi a prova inequívoca disso mesmo”, apontou.

O técnico português foi claro: “Nada é impossível no futebol. Costuma-se dizer que o possível nós fazemos e o impossível dura sempre mais um bocadinho”.

Questionado sobre a polémica gerada à volta da não inclusão de dois “craques” do “Gira Bola” na sua primeira convocatória de 24 jogadores para a selecção de Angola, que segue ainda hoje para Lisboa, onde defronta a Guiné Conacri, afirmou ter reposto a exigência, com a integração no grupo dos avançados David, do Atlético Petróleos de Luanda, e Love Kabungula, do 1.º de Agosto.

Estes jogadores substituem Santana, do Vitória de Guimarães, que está lesionado, e André Macanga, de uma equipa árabe.

Sobre a derrota da sua agora ex-equipa face ao Santos, de Luanda, Manuel José lembrou que derrotar os campeões africanos é “muito bom” para o futebol angolano.

“O Santos ganhou à melhor equipa de África, que esteve em quatro finais da Liga dos campeões e ganhou”, acrescentou Manuel José.

De acordo com o técnico luso, será muito bom para o conjunto angolano: “a equipa do Santos é muito jovem e, na fase de grupos, vai ter contacto internacional e os seus jogadores vão adquirir maior experiência”.

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