O ministro da Saúde de Moçambique, Armindo Tiago, disse hoje que o país tem reservas dos principais medicamentos para três meses e prevê aumentar a disponibilidade para seis meses, como resultado da abertura das fronteiras internacionais.
Armindo Tiago falava durante uma sessão de perguntas e respostas entre o Governo e os deputados da Assembleia da República (AR).
"Neste momento, o país tem um ‘stock’ para três meses e com a abertura das fronteiras a nível internacional, a situação tende a normalizar-se", declarou Armindo Tiago.
O Governo, prosseguiu, prevê a entrada de 24.702 ‘kits’ de medicamentos essenciais em janeiro de 2021 para o abastecimento das unidades de saúde, o que vai permitir o aumento de reservas para seis meses.
O Ministério da Saúde avançou que o Governo assegurou um aumento de equipamentos de proteção individual para o pessoal afeto às unidades de saúde, devido ao novo coronavírus.
"Após a eclosão da pandemia de covid-19, aumentou exponencialmente a necessidade do material antes referido e surgiram novas necessidades, tais como testes de covid-19, macacões, viseiras e termómetros de infravermelhos", declarou.
Apesar da emergência de novos desafios impostos pela pandemia, o executivo tem garantido a distribuição e afetação regular de material médico em todas as unidades sanitárias e tem neste momento disponibilidade para três meses, acrescentou o governante.
Armindo Tiago assinalou que parte de medicamentos essenciais disponíveis no Serviço Nacional de Saúde foi redirecionada para o combate ao novo coronavírus.
Os centros de isolamento foram apetrechados com equipamento médico necessário para dar resposta a covid-19, nomeadamente ventiladores, concentradores de oxigénio, gases medicinais, aparelhos de radiografia, ecógrafos, monitores e oxímetros.
"No que diz respeito ao equipamento médico e medicamentos, tendo em conta o contexto, o país está estável", defendeu Tiago.
Moçambique contabiliza 118 óbitos por covid-19 e um total de 14.566 casos positivos com 86% recuperados.