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Cristóvão acusa Bettencourt de «mentir à mulher, aos filhos, ao cão e ao patrão»

O candidato à presidência do Sporting Paulo Cristóvão encerrou hoje a campanha eleitoral com um ataque violento ao adversário José Eduardo Bettencourt, acusando-o de ''mentir à mulher, aos filhos, ao cão e ao patrão'', em declarações à Agência Lusa.

Cristóvão acusa Bettencourt de «mentir à mulher, aos filhos, ao cão e ao patrão»
Futebol 365

''Se ele mentiu a essa gente toda, porque diabo é que não havia de mentir ao Pedro Pinto Souto (candidato que desistiu da corrida eleitoral) e aos sócios do Sporting?'', questionou Paulo Cristóvão, que não gostou de ler o seu concorrente afirmar que o anúncio do acordo com o treinador sueco Sven-Goran Eriksson tinha sido uma ''nabice e ingenuidade''.

Pedro Souto acusou Bettencourt de traição, por o este o ter incentivado e apoiado a candidatar-se à presidência do clube lisboeta e, depois, ter avançado ele próprio para as eleições, que se realizam na sexta-feira, sem dar qualquer explicação.

Para Paulo Cristóvão, isso é revelador do ''desespero do outro candidato, à luz das últimas sondagens'', que lhe chegaram às mãos, considerando que o uso de expressões como ''nabice e mariquice'' usadas por Bettencourt não eram ''próprias de alguém que andou a propalar a elevação no debate''.

Outra afirmação de José Eduardo Bettencourt que indignou Paulo Cristóvão foi a de que Eriksson estaria no Algarve ''com uma miúda nova e gira'', considerando-a ''deselegante e mal-educada'' e a prova de que tinha razão quando veio dizer que outro candidato ''em vez de punhos de renda só tinha renda nos punhos''.

Paulo Cristóvão rejeitou a ideia de que o anúncio do acordo com Eriksson cause danos irreversíveis à sua candidatura, defendendo, pelo contrário, a tese de que se esta causou danos a alguém foi a Bettencourt e que só o fez porque este, ''numa atitude populista'', tentou ganhar votos à custa de Paulo Bento, ''um homem com crédito junto de muitos sócios''.

Recusou mesmo que se tivesse precipitado ao lançar o nome de Eriksson e assegurou que tudo foi feito em sintonia com o treinador sueco, com quem ''há várias semanas'' trabalha em prol do Sporting na ''preparação da próxima época'' futebolística.

''O dr. Bettencourt que fique descansado porque o Sporting vai ter um treinador mais competente do que o actual'', prometeu, ao mesmo tempo que disse compreender que ''um nome com o peso'' de Eriksson tenha causado ''uma paragem de digestão'' ao seu concorrente eleitoral.

O líder da candidatura ''Ser Sporting'' considerou Eriksson ''um dos melhores treinadores do Mundo'' e garantiu que este se ''identificou com o projecto'' que lhe apresentou e que as suas declarações e as fotos que tiraram juntos foram ''mais do que aquilo'' que esperava dele.

Em jeito de balanço da sua campanha, Paulo Cristóvão qualificou-a como ''um milagre'', citando o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, com o seu ''yes, we can'', visto que não pôde contar com ''a máquina montada'' pela candidatura de Bettencourt, que teve o ''despudor de copiar as ideias'' que não são dele.

O candidato vai mais longe, ao aludir aos ''cachecóis ao pescoço'' de Bettencourt, que foi a Sesimbra ''beber minis'' e falar ''em bacalhau'', vestindo uma capa ''que não é a sua e que irá despi-la sexta-feira à noite'', quando os sócios do Sporting, ''que foram tratados como ovelhas a caminho do curral'', lhe derem a resposta devida.

Por isso, mostrou-se confiante na vitória, quanto mais não seja porque quem o conhece sabe que ''não joga para perder, nem a feijões'', reiterando a intenção, caso seja eleito, de implantar ''uma mentalidade ganhadora que tem faltado ao Sporting''.

''Não tenho a arrogância de dar a vitória como garantida, mas tenho a humildade de dizer que posso perder ou ganhar'', disse o candidato, assegurando aos sócios que, se vencer, ''o clube ficará bem entregue''.

Confrontado com a promessa de Bettencourt de contratar três ou quatro reforços, Paulo Cristóvão considerou que tal prática representa ''uma regressão e que faz lembrar a década de oitenta'', quando eram apresentadas as famosas ''unhas do leão'': ''Se ele apresentar algum jogador, eu também o farei, e garanto que ficará a perder, tal como ficou em relação ao treinador''.

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