Os objetivos traçados pelo Sacavenense na Taça de Portugal passam por defrontar um ‘grande’ do futebol português e chegar à quarta eliminatória, mas o presidente Manuel do Carmo lembra que apenas metade está alcançado.
“Ainda só apanhámos o ‘grande’, portanto agora falta chegar à quarta eliminatória”, atirou o dirigente do clube dos arredores de Lisboa, em declarações à agência Lusa, garantindo um prémio caso o Sacavenense consiga “fazer um milagre” e eliminar o Sporting, adversário na terceira ronda da ‘prova rainha’.
Manuel do Carmo salientou os esforços para que a receção aos ‘leões’ fosse efetuada na própria ‘casa’ e não no Estádio Nacional, em Oeiras, mas a receita televisiva “acaba por ser uma ajuda” que colmata a inexistência de receita de bilheteira, uma vez que a pandemia de covid-19 impossibilita a presença de público.
“Tentámos todos os esforços a nível de iluminação, mas fica muito dispendioso financeiramente alugar uma iluminação boa para a transmissão do jogo. Não conseguimos fazer o jogo aqui porque perdíamos tudo, íamos ter despesa para jogar contra o Sporting e nem os nossos sócios e adeptos poderiam ver”, explicou.
Os futebolistas lamentam o jogo em ‘casa emprestada’ e o facto de não terem os adeptos do Sacavenense a apoiar: “Não jogar aqui [em Sacavém] diminui ainda mais as nossas hipóteses, que já não são favoráveis. Jogar aqui trazia outro simbolismo ao jogo e ao clube”, vincou à Lusa o avançado Luís Gaspar.
Para Carlos Saavedra, um dos ‘capitães’ de equipa e o futebolista mais experiente do plantel, com 39 anos, “o importante é honrar o clube”.
“Não nos pedem que ganhemos, nem que possamos fazer alguma coisa que não está ao nosso alcance. Temos de dar tudo pelo clube, pela equipa e desfrutar do momento, que é único para alguns jogadores”, afirmou o médio, que jogou cinco temporadas no Chipre (entre 2008/09 e 2012/13).
O Sacavenense atua na série F do Campeonato de Portugal, onde ocupa atualmente a quinta posição, com oito pontos em seis jogos, sem outro objetivo para além de “ganhar jogo a jogo”, como expressou o diretor desportivo, Hélder Mestre.
“O orçamento do Sacavenense é certamente um dos mais baixos [no Campeonato de Portugal]. É aquele orçamento que esta direção, com muito esforço, conseguiu reunir para formar plantel. Pode parecer uma frase feita, mas os objetivos que traçámos para esta época é efetivamente jogo a jogo”, contou.
O duelo entre Sacavenense e Sporting tem início às 21:15 de segunda-feira, no Estádio Nacional, em Oeiras, com arbitragem de Hélder Malheiro, da associação de Lisboa.