A morte de Diego Armando Maradona está a ser destacada pela comunicação social de todo o mundo, com o argentino Clarín, do país natal do antigo futebolista, a sintetizar o estado de espírito: «Comoção mundial».
"E um dia aconteceu. Um dia o inevitável sucedeu. É um soco emocional e nacional, um golpe que alcança todas as latitudes", escreve o jornal argentino.
A fotografia que o Clarín escolhe, para entrada da sua página online, é uma das mais carismáticas do grande futebolista que hoje morreu, aos 60 anos - ergue a taça do campeonato do Mundo conquistado pela Argentina, comandada por ele, em 1986.
Ainda na Argentina, La Nación recorda "o melhor artista com a bola e o mais sensível para o adepto" e o Tiempo fala do "mito inalcançável da argentinidade".
No Brasil, rival histórico dos argentinos no futebol, a Gazeta Esportiva relembra episódios como 'La Mano de Dios', o célebre golo marcado à Inglaterra em 1986, pelo jogador que teve "altos e baixos na vida", mas que "polémico, foi um dos maiores de todos os tempos".
"Fora dos campos, Maradona usou ou foi usado pela política?", pergunta O Globo, enquanto que a Folha de São Paulo recorda o "herói de Copa, ícone da esquerda e mito argentino" e o Zero Hora destaca o relacionamento com Pelé - "Perdi um grande amigo e o mundo perdeu uma lenda".
O jornal espanhol Marca, de um dos países onde 'El Pibe' jogou na Europa, também escolhe uma fotografia do Mundial1986 e diz que "o planeta chora a morte de Maradona". Depois de apresentar o que considerou os 10 momentos-chave na carreira do jogador, pergunta: "de que planeta vieste?".
O Mundo Deportivo recorda que tinha "Fidel num braço e Che no outro", como tatuagens, e fala da "intensa relação entre dois mitos", a propósito da sua amizade com Lionel Messi. O La Vanguardia, de Barcelona, traz à memória a última entrevista do jogador - "às vezes pergunto-me se as pessoas vão continuar a gostar de mim?", interrogava-se.
Campeão em Espanha, com o FC Barcelona, Maradona também o foi em Itália, com o Nápoles, e é desses tempos a fotografia escolhida para destaque de entrada do Corriere dello Sport. "Adeus a Diego Armado Maradona, o mundo chora o Deus do futebol", é a legenda.
"Adeus Génio", titula o Tuttosport, com uma fotografia em que o jogador argentino beija a taça de campeão do Mundo. Já a Gazetta dello Sport usa o número da camisola do jogador, para compor "Add10 Maradona".
Pelo mesmo registo segue a France Football, com "Adeus Diego..." e uma imagem do jogador a celebrar, de costas, com o mítico número 10 bem visível.
Já o L'Équipe, que também escolhe uma fotografia do jogador ao serviço da seleção, opta por "Maradona, a morte de um Deus".
Em Portugal, A Bola destaca uma fotografia do jogador a beijar a taça do Mundial de 1986, enquanto o Record opta por uma fotografia recente e recorda o vídeo do que é considerado o melhor golo de Maradona, apontado nesse mesmo, à Inglaterra.
O Jogo refere-se ao jogador como "lenda do futebol mundial", o Público apresenta um fotogaleria, com a indicação de que "a vida, o génio e a grandeza de Maradona não cabem nestas imagens", enquanto o portal MaisFutebol escolheu para título “Descansa em paz, génio”.
Maradona, considerado um dos melhores futebolistas da história, morreu hoje na sua residência, na Argentina, aos 60 anos, anunciou o seu agente e amigo Matías Morla.
Segundo a imprensa argentina, Maradona, que treinava os argentinos do Gimnasia y Esgrima, sofreu uma paragem cardíaca na sua vivenda na província de Buenos Aires.
A sua carreira de futebolista, de 1976 a 2001, ficou marcada pela conquista, pela Argentina, do Mundial de 1986, no México, e os dois títulos italianos e a Taça UEFA arrebatada ao serviço dos italianos do Nápoles.