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Vizela: Vizelenses recorrem da despromoção à II Divisão

A direcção do FC Vizela apresentou, hoje, um recurso na Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP), no âmbito do processo que conduziu à despromoção dos vizelenses à II Divisão.

Depois da Comissão Disciplinar, liderada por Ricardo Costa, ter decidido condenar o Vizela à despromoção, por considerar ''suspeitas'' umas escutas telefónicas que indiciam o envolvimento do clube minhoto em casos de corrupção, o presidente Paulo Pinheiro revelou que ia recorrer da decisão da Liga para o Conselho de Justiça da Federação Portuguesa de Futebol, o que aconteceu hoje.

De acordo com o advogado dos minhotos, André Castro, o recurso foi entregue na Liga, ''conforme obrigam os regulamentos'', organismo que agora terá dois dias úteis para encaminhar o processo para a Federação.

Questionado sobre que argumentos apresentou o FC Vizela para conseguir inverter esta decisão, o advogado vizelense descreveu algumas das ''bases'' de um recurso que, segundo disse, ''tem tudo para ser levado em conta e aceite favoravelmente''.

''As bases deste recurso passam pela ilegalidade das escutas telefónicas que constam da decisão da Liga. Existe um acórdão do Supremo Tribunal Administrativo, datado de Outubro de 2008, que diz que a utilização de escutas para condenação é ilegal. Esta é uma instância superior que deve ser levada em linha de conta'', disse à Agência Lusa André Castro.

O advogado do emblema minhoto realçou, ainda, que houve ''violação do direito de defesa'' neste processo, alegando que o Concelho Disciplinar da Liga tem conhecimento de uma decisão semelhante a esta desde Junho de 2008, mas ''nunca contactou o Vizela''.

''A Liga menciona a existência de um acórdão datado do ano passado, mas nunca falou com o Vizela, logo, negou-lhe o direito de defesa'', acrescentou o advogado, adiantando outros pontos do recurso.

''Além destes pontos, também mencionamos no nosso recurso que na nota de culpa estava escrito que o Vizela tinha aliciado os árbitros com ofertas de vestuário e vinho, por exemplo e entre outros itens, mas a própria Comissão de Disciplina admite que não está provado que qualquer membro do FC Vizela tenha dado essas ofertas'', concluiu André Castro.

Desta forma, com o recurso apresentado hoje, o clube vizelense quer que a decisão de despromovê-lo da Liga de Honra para a II Divisão seja reconsiderada, pedindo a ''impugnação'' das escutas telefónicas, por as considerar ''ilegais''.

Esta decisão, tomada no dia 09 de Junho, vem castigar uma alegada tentativa de corrupção de um dirigente do Vizela a um árbitro, caso que remonta à época 2003/2004.

O nome de Benjamim Castro aparece associado a uma escuta telefónica que contém ''material'' suspeito de actos de corrupção num jogo entre os minhotos e o Fafe.

O actual presidente do Vizela, Paulo Pinheiro, sem referir nomes (o Boavista será o beneficiado com a eventual descida dos minhotos), afirmou considerar que o ''timing'' desta decisão é ''duvidoso'', deixando no ar a ideia de que existirem ''pressões de clubes que querem ficar na Liga de Honra a qualquer custo''.

Para sexta-feira está agendada uma Assembleia-Geral extraordinária com os associados do FC Vizela, a realizar na Casa do Povo de Caldas de Vizela.

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