A Itália registou 662 mortes por covid-19 e 21.052 novas infeções nas últimas 24 horas, um decréscimo face aos últimos dias, informaram hoje as autoridades italianas, realçando, porém, que o país também realizou menos testes de diagnóstico.
Com a contabilização das novas vítimas mortais, o número total de mortes registadas no país desde o início da crise pandémica, em 21 de fevereiro, sobe para 59.514, de acordo com o boletim diário do Ministério da Saúde italiano.
Em termos de contágios, Itália contabiliza, até à data, 1.709.991 casos de pessoas que ficaram infetadas pelo novo coronavírus.
Segundo o boletim do Ministério da Saúde italiano, o país realizou nas últimas 24 horas um total de 194.984 testes de diagnóstico, um número bastante inferior quando comparado com os 213.000 testes comunicados na sexta-feira e os 226.000 contabilizados na quinta-feira.
A pressão sobre os hospitais italianos continua igualmente a dar sinais de algum abrandamento.
Dos 754.169 casos positivos que estão atualmente ativos em Itália (menos 3.533 em comparação a sexta-feira), a grande maioria são doentes que estão nas respetivas casas com sintomas ligeiros da doença ou estão assintomáticos.
Deste total, 30.158 estão hospitalizados, menos 1.042 em comparação com o dia anterior.
Em unidades de cuidados intensivos, encontram-se atualmente 3.517 pacientes, menos 50 em relação ao dia anterior.
No que diz respeito aos recuperados, o país regista um total de 896.308, um aumento de 23.923 face ao dia anterior.
A região da Lombardia (norte), o foco da pandemia no território italiano desde o início da crise sanitária e que continua a verificar uma forte incidência, registou 3.148 novos casos nas últimas 24 horas.
Veneto, também na zona norte do país, somou 3.607 novos contágios em comparação ao dia anterior.
Ao longo dos últimos dias, os dados atualizados pelas autoridades italianas indicam que a curva epidemiológica em Itália está a dar sinais de achatamento, uma vez que há cerca de três semanas o país registava cerca de 40 mil novas infeções diárias.
Apesar destes sinais, o Governo italiano tem reiterado a necessidade de manter o estado de alerta para evitar uma potencial terceira vaga de contágios a partir de janeiro.
Para manter os níveis dos contágios sob controlo, o executivo italiano aprovou um novo decreto com as medidas restritivas a aplicar durante as festas de Natal e de Fim do Ano, em concreto entre 21 de dezembro e 06 de janeiro.
Entre outras medidas, e durante esse período, o país vai impor uma quarentena obrigatória aos italianos que regressarem do estrangeiro e aos turistas que visitarem o país.
Durante este período, as deslocações entre regiões serão proibidas e nos dias 25 e 26 de dezembro e 01 de janeiro não será possível sair do respetivo município.
Será imposto um recolher noturno obrigatório entre as 22:00 (hora local) e as 05:00, com exceção do dia de Ano Novo (31 de dezembro), data em que será prorrogado até às 07:00 (hora local) de 01 de janeiro de 2021.
Para garantir o cumprimento destas medidas, as autoridades italianas decidiram destacar até 70 mil polícias em todo o território, segundo anunciou hoje a ministra do Interior, Luciana Lamorgese.
A pandemia da doença covid-19 já provocou pelo menos 1.519.213 mortos resultantes de mais de 65,8 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
A doença é transmitida por um novo coronavírus (SARS-Cov-2) detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.